terça-feira, 5 de março de 2019

O PODER DO AIPAC

O American Israel Public Affairs Committee (AIPAC) e sua influência na política externa dos Estados Unidos


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O presente trabalho tem como tema a influência do The American Israel Public Affairs Committee (AIPAC) na política externa dos Estados Unidos da América (EUA). Primeiro, sistematizou-se um estado da arte sobre o tema a partir de duas linhas de pensamento principais: uma de John Mearsheimer e Stephen Walt; e outra, de Noam Chomsky, Gilbert Achcar e Norman Finkelstein. Enquanto aqueles primeiros ressaltam o poder do chamado lobby pró-Israel – do qual o AIPAC é a organização mais estruturada e renomada – na política dos EUA, estes salientam que o leme da política externa estadunidense para com Israel é seu próprio interesse nacional, e não o lobby. Segundo, visou-se a um levantamento histórico sobre o AIPAC e uma análise de sua estrutura e de seu modo de atuação. Constatou-se, então, que o AIPAC – como uma organização de lobby, um grupo de interesse –, de acordo com a lei, não pode enviar contribuições financeiras diretamente aos políticos. Apurou-se, no entanto, que essa prática pode ocorrer de maneira indireta, por meio de, pelo menos, duas maneiras: através de seus próprios membros contribuindo individualmente; e/ou por via dos Political Action Committees (PACs) – instituições criadas especificamente para esse fim de levantar fundos para as campanhas políticas no intuito de eleger e derrotar candidatos, ou até mesmo influenciar os que já estão no Governo. E, terceiro, buscou-se sintetizar o estado da arte ao estudo histórico e estrutural sobre o AIPAC. Com base no diálogo entre as duas principais visões teóricas trabalhadas – sob uma ótica de complementaridade ao invés de exclusão –, ao lado do exame da ação do AIPAC na história, esse estudo nos levou a inferir que o AIPAC, fundado em 1959, no contexto da Guerra Fria, continua influente na política dos EUA, mesmo com a mudança no sistema internacional ao final da Guerra Fria.

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