Foi em 1975 durante um jantar no hotel do Farol com o português
Mário Vinhas que conheci Géraud Vigier. Era maître no pequeno e simpático restaurante.
Tinha caído nas graças das colunas sociais e, sempre muito atento, muito contribuíra
para o êxito do estabelecimento.
Hoje, ou seja, 46 anos depois, almocei com ele no restaurante Poró, bem perto de minha casa no bairro de Santo Antônio. Longos papos sobre uma bela trajetória de profissional da hotelaria com passagens por vários endereços prestigiosos, desde o restaurante Lassère em Paris até o resort mexicano de Antenor Patiño, pulando de Buenos-Aires a Lisboa e Rio de Janeiro.
Géraud me declarou ter tido muita sorte. Eu não acredito na sorte. Acho que
cada um constrói sua vida, sabendo usar de todas as possibilidades quando elas
se apresentam. Outros, de braços cruzados, as deixam passar...
Começamos com uns pequenos e saborosos pasteis de queijo e carne quentinhos e crocantes. A escolha do prato principal poderia ter sido mais feliz. Achei o Farrapo – cubos de peixe com molho de ostras – com uma certa indefinição no paladar. Precisaria talvez de tempero mais forte. Em contrapartida, a única proposta de sobremesa, cocada de forno com calda de beribéri - teria apreciado, além da colher, um garfo - foi um muito agradável fim de refeição.
Serviço rápido, preços razoáveis. E a garrafa de vinho verde Santa
Eulália, servida bem gelada, excelente.
O Poró existe há cinco anos na Rua do Carmo. Cinco
anos de boa frequência, com cuidado no ambiente e na culinária. O êxito não tem
segredo. É só oferecer ao freguês profissionalismo e regularidade. Aquilo que o
Géraud, com toda sua experiência, espera quando vem a Salvador.
PS.- Em novembro o Poró estará de casa nova, na Rua Direita de Santo Antônio, perto do largo do mesmo nome. Com direito a vista sobre a baia!
Dimitri Ganzelevitch
Salvador, 28 de outubro
2021
infelizmente clientes franceses não foram bem atendido para pessoal do Poró e não poderam saborear pratos do Poró
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