quinta-feira, 22 de novembro de 2018

O EXEMPLO QUE NOS VEM DE ANGOLA

Mais de 2 mil igrejas são fechadas em Angola, após ação do governo

Outras mil podem ver seu fim em breve


Desde agosto, quando o governo de Angola aprovou uma lei para regularização da atividade religiosa no país, as igrejas evangélicas estão sob ameaça. Por determinação do gabinete do presidente João Lourenço, haverá maior controle sobre os locais de culto.
Pastores dizem que é uma severa limitação de sua liberdade religiosa. Segundo a Portas Abertas, mais de 2 mil igrejas já foram fechadas e mais de mil igrejas irregulares ainda poderão ser fechadas em novembro.
O governo socialista angolano havia deu um ultimato de 30 dias para que ocorresse a “regularização” dos espaços de culto. As que não se encaixarem nas exigências serão fechadas.
O diretor para assuntos religiosos, Francisco de Castro Maria, afirmou que: “O número de igrejas ilegais no país chegou a 4 mil. Todas as igrejas ilegais têm até o próximo mês para mudar seus status”.
Jornal de Angola explica que, na compreensão do governo angolano, “algumas seitas religiosas andam a desvirtuar a doutrina bíblica, violando os preceitos de sã convivência no seio das comunidades, assim como alteram os hábitos e costumes dos povos, colocando em perigo o bem-estar da população”. A medida não afetou a Igreja Católica no país.
A partir de agora, para uma denominação evangélica continuar existindo, ela precisa reunir 100 mil assinaturas. Com isso, dezenas de igrejas pequenas tiveram forçosamente que se tornar uma só. Os pastores só poderão pregar se tiverem graduação em teologia, algo fora da realidade de um país com sérios problemas na área da educação.
A chamada “Operação Resgate” está em curso e o exército está envolvido, uma vez que o Ministério da Cultura insiste que a atuação de muitas confissões religiosas ilegais “coloca em perigo a segurança do país”. Algumas mesquitas islâmicas também tiveram as portas fechadas.
Dos 1.116 ministérios existentes no país, apenas 83 igrejas estão plenamente legalizadas. Dados do Governo indicam que 50% das igrejas do país são ‘estrangeiras’, sendo lideradas por missionários que vieram do Brasil, da Nigéria e do Senegal.

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