Vida dos filhos da elite chavista na Venezuela tem de voos a jatinhos a hospedagem em hotéis de luxo
O patriarca do bolivarianismo, Hugo Chávez, não apreciava pessoas ricas. Se vivo estivesse, presenciaria cenas da quais, acredita-se, não se orgulharia. Em contraste à maioria do povo da Venezuela, que vive em completa ruína financeira, filhos da elite chavistas vivem como nababos, voando em jatinhos particulares, com hospedagens em hotéis cinco estrelas e até ostentando maços de dólares em redes sociais.
Um dos filhos de Chávez, Hugo Rafael, não fã de política, tem como passatempo usar os aviões do Estado para passear no tempo ocioso com amigos pelas ilhas do Caribe.
Daniella Desiree Cabello, filha do deputado Diosdado Cabello, um dos homens mais importantes do chavismo, considerado o segundo nome mais importante da Venezuela, tem 26 anos e é socialite em Caracas. E bastante presente no Instagram. Segundo revelou o jornal “O Estado de S. Paulo”, nas redes sociais ela se apresenta como influencer e cantora. Na semana passada, o jornalista Vladimir Kislinger postou no Twitter o cartão de embarque de uma viagem de Daniella para Xangai, com escalas em Havana e Moscou. Para despistar quem está de olho em seus passos, Daniella usou o sobrenome da mãe, Contreras.
Vivendo em Caracas, Nicolasito, filho de Nicolás Maduro, acumula cargos de deputado, coordenador de uma escola de cinema e diretor de uma agência ligada à vice-presidência. Em 2015, uma filmagem feita durante o casamento de um empresário, no Hotel Gran Meliá, mostra Nicolasito dançando enquanto notas de dólares eram jogadas sobre sua cabeça.
Maduro ainda tem dois enteados, filhos da sua mulher Cilia Flores. Yoswal Flores, de 30 anos, só viaja em jatos privados e não esconde o gosto por carros de luxo e motocicletas de alta cilindrada. Já chegou a gastar, em 2017, ao lado do irmão, Walter Flores, US$ 45 mil em 18 noites no Hotel Ritz, considerado um dos caros de Paris.
Enquanto isso, a imprensa internacional mostra a situação de penúria dos venezuelanos. A Univisón, maior TV em espanhol dos EUA, filmou alguns jovens comendo lixo em Caracas. A resposta de Maduro foi deportar a equipe no primeiro voo para Miami.
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