sábado, 31 de dezembro de 2016
OS AMIGOS DE MARCELO ODEBRECHT
New York Times Expõe a Dimensão
Da Corrupção Em Angola
Num Vídeo Chocante
“New York Times” dá-nos a conhecer a dimensão da corrupção em Angola, pode ser um pouco difícil de assistir, mas é importante todos conhecerem a realidade!
Trata-se da realidade angolana que muitos se recusam a aceitar… onde existe uma clara divisão entre ricos e pobres.
Algumas imagens são fortes, pela sua crueldade e verdade, mas deve ser partilhado!
BORRA DE CAFÉ NO QUINTAL
Na maior parte do Brasil, o calor impera em todas as estações do ano.
Isso quer dizer que, na maioria das cidades brasileiras, pelo clima tropical, os mosquitos atacam nos 12 meses do ano.
E ninguém merece sofrer por causa da picada desses "monstrinhos", não é verdade?
Então, como resolver o problema?
Quem foge do cheiro forte e da química que é encontrada nos repelentes industriais, pode comemorar, pois temos uma excelente dica: borra de café.
Isso mesmo, borra de café.
E pode confiar!
A agência de proteção ambiental dos Estados Unidos (US Environmental Protection Agency, mais conhecida pela sigla EPA) indica borra de café para manter os mosquitos bem longe.
Por isso, nada de associar os resíduos do café somente como fertilizantes para plantas.
Ele realmente combate a presença de vários insetos indesejáveis.
Só um detalhe: o café também é eficiente, mas a borra é muito mais poderosa.
Quer ver como funciona?
Cubra um prato com papel alumínio e a coloque borra de café por cima.
É muito importante que o processo seja realizado num lugar fresco e seco.
Espere a borra secar em qualquer lugar plano, como uma mesa.
Tome bastante cuidado para que fique longe do alcance de crianças e animais, certo?
O próximo passo é queimar lentamente os resíduos do café moído, como um incenso.
Você pode queimar no prato mesmo ou transferir a borra para dentro de uma lata ou outro objeto de metal.
Depois acenda o fogo e a fumaça vai se espalhar por toda a área, repelindo os insetos.
Se desejar, jogue a borra no local plano formando uma linha reta e acenda o fogo para que queime de uma extremidade a outra – isso tem o mesmo efeito.
Se na sua casa você e sua família não tomam café, não tem problema!
Há outra dica muito boa para substituir a borra: folhas de louro fresco.
Ah, a borra de café também é ótima para afugentar formigas.
Basta espalhar um pouco desse resíduo na área desejada e as formigas sumirão imediatamente.
TRUCULÊNCIA NA PRAIA DO FORTE
Há mais de três anos o Tivoli Eco Resort vem cerceando o acesso à Praia em frente ao hotel nas noites de passagem de ano.
O mesmo vai acontecer de hoje para amanhã.
Colocam refletores fortes apontando para a areia da praia o que ocasiona, como aconteceu de 2015/2016, a eclosão extemporânea de ovos de tartaruga.
Seguranças truculentos impedem a passagem dos simples mortais paia a Praia com a desculpa de que assim o fazem para sua segurança referente aos fogos.
Só o fato de explodirem fogos na Praia, por si só já é uma aberração inominável contra a qual ninguém toma providências.
Solicito pois a essa promotoria para que interceda proibindo as duas práticas, no mínimo nefastas.
PS: O MP da Ba estará em recesso até 6/1/2017. Aproveitem!!!
E ESTAS SÃO CELEBRIDADES?
AONDE?!
ACM Neto curte balada com
celebridades em Trancoso
O prefeito ACM Neto compareceu à festa Oscar, no Teatro L´Ocittane, em Trancoso, distrito de Porto Seguro, na madrugada desta quarta-feira (28).
Acompanhado por Tata Canhedo, Neto circulou em meio à diversas celebridades, como Bruno Setubal, Caio Castro, Dani Bananinha, Carol Celico, Tassia Naves, Lala Rudge e Ana Paula Junqueira.
A festa aconteceu no mesmo lugar onde Ivete Sangalo gravou seu último DVD.
A BABÁ NO COUNTRY CLUBE
EL PAÍS
A vida de uma babá no clube mais seleto do Rio de Janeiro
Normas do exclusivo Country Clube proíbem as empregadas de usarem os banheiros dos sócios
Babá conta seu dia a dia entre a elite carioca
Babá num clube do Rio. DOMINGOS PEIXOTO / AGÊNCIA O GLOBO
Gabriela* é babá de duas crianças de três anos e ainda não sabe como explicar para elas que os pufes onde elas sentam para assistir televisão no clube privado mais exclusivo do Rio de Janeiro não são para que ela se sente. As almofadonas coloridas da sala de brinquedos não ostentam uma placa de proibição, mas as funcionárias sabem e contam que as “normas invisíveis” que garantem a ordem no Country Clube de Ipanema têm uma função fundamental: “manter cada um no seu lugar”.
“O problema para mim não é sentar no chão, não. Para mim é complicado porque as crianças costumam dormir no meu colo enquanto assistem a TV. Aí, como eu não posso sentar, tenho que fazê-las dormir antes em outro lugar, para depois colocá-las no pufe”, descreve Gabriela. Ela, que nunca seria aceita entres os 850 nobres sócios do Country Clube pois nem poderia pagar os 1.200 reais que custa a mensalidade, passa dias inteiros no clube com os meninos há dois anos. Inclusive na última quinta, feriado ensolarado, enquanto seus patrões ficaram em casa.
A rotina invisível das dezenas de babás que frequentam o Country Clube, um lugar inspirado nas aristocráticas agremiações de cavaleiros da Inglaterra, não importaria a ninguém não fosse a expulsão de uma delas no sábado, dia 20, do banheiro local. A babá em questão estava ali ajudando a dar banho nas três filhas (de 5, 7 e 10 anos) de um dos sócios. O caso foi exposto na coluna de Ancelmo Gois, de O Globo, e montou-se uma polêmica monumental. Enquanto o mundo do século XXI discute a criação de banheiros para transexuais, no Rio do século XIX as babás dos herdeiros dos sobrenomes mais nobres da cidade não podem se misturar com suas patroas. É norma da casa, o banheiro é “exclusivo para sócias, que deixam lá seus pertences”, justificou o clube.
Para elas, vestidas de branco de pés à cabeça, está o “banheiro das crianças até 10 anos”, pois não há lugar específico para funcionários. “Não temos muito tempo de estar indo ao banheiro, mas acaba que várias babás, em uma emergência, usam banheiros restritos. Isso não deveria ser um problema”, opina Gabriela. “Eu nunca fui impedida, mas sabemos que não podemos e acabamos respeitando. Há até quem segura [a vontade de ir ao banheiro]”. Alertado, o Ministério Público do Trabalho abriu uma investigação para apurar se o clube pode ser acusado de discriminação.
Não é a primeira vez que as babás do Country Clube, onde a compra do título de sócio depende de um estrito processo de seleção e o desembolso de cerca 400.000 reais, se sentem discriminadas. “Essa história do banheiro já vem há muito tempo, mas ninguém quis reclamar. A gente trabalha, corremos atrás da criança, damos de comer, damos remédio, brincamos, vestimos, lavamos, dormimos... É triste mas não temos tempo nem de nos sentir ofendidas. Eu tenho conta para pagar”, relata a babá que conversou com o EL PAÍS.
Gabriela tem 29 anos e dedica-se aos cuidados das crianças dos outros desde os 15 anos. Ela dorme no apartamento dos patrões e costuma voltar para a sua casa, a duas horas de ônibus dali, de 15 em 15 dias, pois trabalha feriados e alguns finais de semana. Gabriela tem uma filha de sete anos e um filho de três que, diante a ausência da mãe, são criados pela avó. Ela recebe 1.200 reais assinados na sua carteira, mais outros 1.800 que os chefes pagam por fora. Tem 13º salário e férias. Ela gosta dos seus patrões, sente-se bem tratada, mas reclama que muitos dos sócios do clube não dizem nem “bom dia”. “A gente é invisível, sabe? A indiferença com a gente é enorme. A gratidão só sentimos por parte das crianças”, lamenta. A mãe, a tia e a avó de Gabriela, todas babás em famílias ricas, a alertaram depois do episódio do banheiro: "Já foi bem pior. Hoje está ótimo".
“As babás são nossas amigas. A mesma babá que cuidou do meu filho cuida hoje do meu neto”, diz uma veterana sócia do clube que não quer se identificar. “Mas aqui deve ter uma ordem”. Essa ordem parece ser quebrada quando algumas babás fazem “coisas absurdas”. Entre elas, não dar descarga depois de fazer xixi, deixar a tampa do vaso aberta ou dar um grito ao perder a paciência com as crianças. Outras, inclusive, relata a senhora, pedem “a melhor comida” dizendo que é para os meninos, mas são elas que acabam comendo. “A proibição de entrar no banheiro não é para humilhar, é pela ordem para que não vire uma bagunça. Algumas babás não têm educação”, explica a sócia.
Gabriela retruca: “Tá sujo? Olha, eu não estou justificando, mas entre dar uma descarga e ver as crianças correrem e ter que sair às pressas para pegar elas, eu prefiro sair às pressas”. “Se esse for o problema por que ao invés de colocar placas no banheiro dizendo que a babá não pode entrar, não colocam outra placa para dar descarga?, questiona”.
O tom combativo, mas resignado de Gabriela, quebra-se de vez no final da conversa, quando questionada sobre o tempo que ela passa com seus filhos, longe das piscinas e das quadras de tênis. Ela chora. “Perdi o aniversário do meu filho. Era o dia das mães, e eu estava aqui no clube. Trabalhando”.
*O nome foi trocado a pedido da interessada
MEU NOME É ESPERANÇA
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
(Mário Quintana)
PARA ILUSTRAR ESTE BELO POEMA USEI A FOTO DE UMA ÁRVORE DA LADEIRA DO AQUIDABÃ, ÁRVORE QUE FOI MASSACRADA EM JULHO, E QUE RENASCE MAIS BELA AINDA.
POR QUE ALGUÉM SE PERDE, SENDO RAINHA?
FLORISVALDO MATTOS
O assassinato do embaixador da Grécia, Kyriakos Amiridis, estampando uma tragédia de urdição macabra difícil de entender, num mundo de avançada modernidade, possui um lado insólito e outro um tanto exótico; o do envolvimento de sua mulher embaixatriz, uma brasileira de nome francês, Françoise, e o de ser ela amante de um soldado, a quem teria induzido, segundo a polícia carioca, a agir na preparação e execução do tenebroso desfecho (o crime aconteceu de madrugada, na própria casa alugada pelo embaixador, em férias).
Afora este lado hediondo, a história apresenta um outro a muitos surpreendente, especialmente os que defendem o folclórico princípio do politicamente correto nas condutas sociais - o de, sendo ela embaixatriz de um país com a história e a glória da Grécia, ter um soldado como seu amante. Mas, tal atitude nem é tão estranha assim, pois episódios do mesmo marfim podem ter ocorrido tanto com damas de mãos e colo cobertos de diamantes, como com princesas e até rainhas, narrados em poesias, teatro, romances, ao longo de muitos séculos, e até filmes, neste que passou.
Este lado do assombroso fato me fez lembrar um soneto da série fescenina de Bocage (Manuel Maria Barbosa du...), em que o célebre poeta português do século 18, alude à relação entre Dido, rainha de Cartago, e Eneias, herói da consagrada epopeia de Virgílio, a "Eneida", em versos que também lembram Cleópatra, rainha do Egito, Lucrécia, joia da linhagem dos Bórgias de Veneza, e até Catarina da Rússia, um dos ícones da Ilustração. Embora seja eu claramente contra o politicamente correto, mais o exótico do que o insólito do episódio animou-me a reproduzir este famoso soneto. Vai abaixo.
Em tempo: na falta de outra solução imediata, talvez do século 18, preferi ilustrar a postagem com a célebre musa das vanguardas, Kiki de Montparnasse (1900-1953), em foto de Julien Mandel, de 1923. Votos de boa fruição, além de um Feliz 2017.
SONETO DE TODAS AS PUTAS
Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805)
Não lamentes, ó Nize, o teu estado;
Puta tem sido muita gente boa;
Putíssimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes putas têm reinado;
Dido foi puta, e puta de um soldado;
Cleópatra por puta alcançou a coroa;
Tu, Lucrécia, com toda a tua proa,
O teu cono não passa por honrado:
Essa da Rússia imperatriz famosa,
Que ainda há pouco morreu (diz a Gazeta)
Entre mil piças expirou vaidosa;
Todas no mundo dão a sua greta;
Não fiques pois, ó Nize, duvidosa
Que isso de virgem e honra é tudo peta.
LIVROS, MEUS AMIGOS...
Como poderia terminar o ano com críticas mal humoradas? Amanhã nasce um novo dia, novos amores, cem projetos, esperanças mil. Prefiro lhes falar da sala mais bonita de minha casa: a biblioteca cujas quatro janelas dão sobre a rua colorida.
Dois grandes quadros datados de 1906 e assinados pelo português Domingos Costa, um forro pintado por uma amiga inglesa, um curioso lustre da Baviera do século XIX em forma de sereia e.... livros.
Está aqui a herança de quatro gerações, edições de mais de três séculos, em vários idiomas sobre os mais variados temas. Algumas centenas. Pouca coisa, ridícula até comparado ao José Mindlin, mas esta é minha riqueza afetiva. Se li todos? Claro que não, como também muitos dos que li durante oito décadas não estão nestas prateleiras.
Vamos passear? Aqui está um livro persa do século XVIII, preciosa encadernação, escrito a mão, com miniaturas eróticas, bem longe do Estado Islâmico... Este, com capa de pergaminho, é um guia de Roma em francês com a data de MDCLXXXVI. Tem as distâncias entre todas as igrejas, a lista de todos os monumentos romanos e a lista dos papas. Não tem Lonely Planet que se compare!
“La História de uma vivienda para hacer uma ofrenda al santo Tecuil” é mais recente: 1981. Mas feito manualmente por índios mexicanos sobre papel amate, é uma raridade. A obra completa de Fernando Sabino, com dedicatória. Gosto destas crônicas, verdes lagoas onde mergulho deliciosamente.
Escrito em letras garrafais: “Biblioteca esta ornat libros” e “Sed libri non ornant bibliothecam”, definição que peguei num convento alemão. Não me desfiz de quatro obras de Mishima, muito mal traduzidas para o francês, por respeito ao magnífico escritor japonês.
Uma prateleira carrega um monte de dicionários. Sou fã de dicionários. Já tivemos a Encyclopédie Universelle original e completa, uns quatorze volumes, mas foi vendida – mal – por minha mãe, num momento de grande aperto.
Primeira edição de “Le musée imaginaire” e “ Les voix du silence” de André Malraux, hoje muito cobiçados, foram por mim comprados com dificuldade de estudante aos vinte anos. João Cabral de Mello Neto que tanto me deslumbrou quando, em 66, assisti em Lisboa a Morte e Vida Severina pela PUC. Cervantes, que saboreio aos poucos. Livros de minha infância. Recebia sempre belos livros, com ilustrações sedutoras, o que muito me incentivou a ler. Livros de receitas de minha avó materna, que uso vez ou outra.
Muito sobre fotografia, arquitetura, arte, memória. No forro, à volta da sala, esta afirmação de Flaubert “Ne lisez pas comme les enfants lisent, pour vous amuser, ni comme les ambitieux lisent, pour vous instruir. Non, lisez pour vivre”.
Para que o ano iniciando seja mais feliz: leia um bom livro. Pode mudar sua vida
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
ENTRE BILL GATES E NEYMAR
Empresa de filho de Lula recebeu mais R$ 130 milhões de financiadores, diz PF
A cervejaria Petrópolis e empresas ligadas à Oi seriam os principais remetentes dos recursos
Um laudo da elaborado pela PF no âmbito da Operação Lava jato que o jornal Folha de S. Paulo teve acesso mostra que a empresa Gamecorp, pertencente a um dos filhos do ex-presidente Lula, recebeu financiamento de, pelo menos, R$ 103 milhões de seus financiadores. Segundo a reportagem, a cervejaria Petrópolis e empresas ligadas à Oi são os principais remetentes dos recursos.
Juntas, a Oi Móvel e a Telemar Internet, ligadas à empresa de telefonia, investiram um total de R$ 82 milhões enquanto a Petrópolis pagou R$ 6 milhões à empresa do filho do petista.
O documento não especifica, no entanto, a data dos pagamentos nem traz conclusões a respeito dos repasses.
A defesa de Lula afirma que a Oi/Telemar é acionista da Gamecorp e participa da administração da companhia.
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
ENTETANTO, A OI VANCELOU SEU PROGRAMA SOCIAL EM SALVADOR, A OI KABUM, DIRIGIDO COM A MAIOR DEDICAÇÃO PELA FOTÓGRAFA ISABEL GOUVEIA.
MASSACRE NO PERU
Ashaninka: demarcar para salvar
Muito indígenas são mortos ao tentar defender suas terras da invasão de madeireiras. Sem o reconhecimento do Estado, estes povos e estas terras estão cada vez mais vulneráveis. O direitos dos povos indígenas é um direito de todos nós. Estas florestas são imprescindíveis para o equilíbrio climático do planeta. + If not us then who?: http://www.ifnotusthenwho.me + Uma Gota no Oceano: http://www.umagotanooceano.org
UMA GOTA NO OCEANO
O Brasil está tomando de 7 a 1 na questão ambiental em 2016 e se a gente não arrumar a defesa direitinho periga levar mais uns gols neste finzinho de ano e mais um caminhão em 2017. Os presentes de Natal que o governo reservou para o meio ambiente e os direitos dos povos tradicionais são de grego. Estão passando quase que despercebidos no meio da confusão geral de Brasília, mas podem causar danos ainda mais duradouros do que os 20 anos da PEC 55. É, literalmente, política de terra arrasada.
No momento, há duas bolas na marca do pênalti no Congresso Nacional: o Projeto de Lei que prevê a flexibilização das regras para o licenciamento ambiental e o PL 4508, que autoriza a prática da pecuária em áreas de Reserva Legal. Entre agosto de 2015 e julho de 2016, a Amazônia perdeu 859 árvores por minuto. É o terceiro ano seguido de aumento da destruição da floresta desde a adoção do Novo Código Florestal, aprovado em 2012.
Também aproveitaram o apagar dos refletores de 2016 para tentarem aprovar, enquanto ninguém estava vendo, projetos para a construção de hidrovias em rios como o Tapajós e o Teles Pires, na Amazônia, para escoamento de produção agrícola. Por pouco não entraram com bola e tudo. A última jogada foi maquinada pelo próprio Executivo, via Ministério da Justiça: um decreto praticamente inviabiliza a demarcação de novas Terras Indígenas e põe em risco as já existentes, já que possibilita a contestação de demarcações feitas por governos anteriores.
Comandando essa linha de passe está a bancada ruralista, que ocupa nada menos do que 40% do Congresso Nacional. Se 2016 nos deixou um legado, foi o que devemos nos preparar para muita luta em 2017.
UMA AGRESSÃO URBANA
A cidade, seus projetos, suas histórias e os personagens.
Linha 2: Uma agressão urbana
Waldeck Ornelas*
Já é possível à população de Salvador ter uma ideia clara de como ficará o futuro metrô ao longo da Avenida Luís Viana. Primeiro apareceram as megaestruturas em que se transformaram as estações, ocupando todo o largo canteiro central, algumas até avançando no espaço aéreo por sobre as pistas; mais recentemente, por entre os tapumes, pode-se visualizar a infraestrutura do metrô, acompanhada por uma contínua grade lateral. O que era uma via expressa, mas que não impedia a permeabilidade urbana, passa a ser agora um obstáculo físico intransponível, delimitando e demarcando espaços desprovidos de fluidez e inibindo a inter-relação entre áreas de uma mesma cidade, como se vivêssemos em ambientes segregados.
Concebida no final dos anos 1960, simultaneamente à implantação do sistema de avenidas de vale do Epucs, a “Paralela” – assim chamada por seu traçado em relação à Avenida Octávio Mangabeira, então congestionado acesso ao aeroporto – teve a sua primeira pista implantada por ACM, quando prefeito, e a segunda por seu sucessor, Clériston Andrade. Por muito tempo, a Paralela reinou como uma das mais belas vias urbanas de todo o país, marcada por um paisagismo de alta qualidade, tão bem cuidado, ao longo de tantos anos, pelo Cel. Cabral, que dirigia a Sucab, a Superintendência do Centro Administrativo da Bahia. Um orgulho para os baianos, uma agradável surpresa para os visitantes. Agora, com o metrô, é o fim da avenida mais bonita do Brasil! Tínhamos um parque linear e passaremos a ter um “muro da vergonha”, como tantos outros que marcam áreas conflagradas ao redor do mundo – o que não somos. Um grave retrocesso.
Alguma inteligência privilegiada entendeu que as cidades-sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014 deveriam ter sistemas de transporte de alta capacidade interligando os aeroportos aos estádios, porque dezenas de milhares de torcedores fanáticos por suas seleções cruzariam os céus de nosso país e, chegando aos aeroportos, se dirigiriam imediatamente aos estádios, retornando em seguida, após os jogos. Para as cidades-sede, esse seria o legado da Copa. Foi esse raciocínio que determinou a prioridade para a Linha 2 do metrô de Salvador... que, aliás, não se encontra com o terminal de passageiros do aeroporto.
Todos sabem que o Trecho 2 do metrô é inviável economicamente, devendo por muito tempo receber subsídios extraordinários do governo do estado, onerando os combalidos cofres públicos estaduais e sugando recursos que deveriam atender a outras prioridades e urgências.
Se na escala da cidade o metrô da Paralela é uma agressão urbana, verdadeiro estupro, do ponto de vista do projeto de transporte ainda não está claro como se dará a integração com as linhas de BRT que precisarão ser implantadas ao longo dos eixos transversais – as avenidas Gal Costa e 29 de Março – seja a integração das estações, seja pela própria infraestrutura implantada, que segue um agressivo modelo rodoviarista. Assim, o que se vê é a invasão da cidade por projetos de uma engenharia viária que não têm mais cabimento nos ambientes urbanos. Tudo isto culminando com hostilidade e indiferença em relação ao pedestre – e passageiro – cujo acesso às estações deixa muito a desejar, como se não fosse esse a própria razão de ser do transporte de massa. Falta preocupação com a microacessibilidade e a integração com as áreas lindeiras. Dessa forma, o carregamento do metrô, à falta do passageiro próprio, fica na dependência da chamada integração.Pela forma como foi implantado e a partir do próprio traçado, agravado pela má qualidade do projeto, a cidade está condenada a conviver por anos a fio com um longo e sistemático trabalho de absorver o metrô, para integrá-lo ao seu cotidiano e à sua funcionalidade. O que deveria ser uma alavanca do desenvolvimento urbano incorpora-se à vida soteropolitana como um estorvo a ser corrigido.
Todos sabem que o Trecho 2 do metrô é inviável economicamente, devendo por muito tempo receber subsídios extraordinários do governo do estado, onerando os combalidos cofres públicos estaduais e sugando recursos que deveriam atender a outras prioridades e urgências.
Se na escala da cidade o metrô da Paralela é uma agressão urbana, verdadeiro estupro, do ponto de vista do projeto de transporte ainda não está claro como se dará a integração com as linhas de BRT que precisarão ser implantadas ao longo dos eixos transversais – as avenidas Gal Costa e 29 de Março – seja a integração das estações, seja pela própria infraestrutura implantada, que segue um agressivo modelo rodoviarista. Assim, o que se vê é a invasão da cidade por projetos de uma engenharia viária que não têm mais cabimento nos ambientes urbanos. Tudo isto culminando com hostilidade e indiferença em relação ao pedestre – e passageiro – cujo acesso às estações deixa muito a desejar, como se não fosse esse a própria razão de ser do transporte de massa. Falta preocupação com a microacessibilidade e a integração com as áreas lindeiras. Dessa forma, o carregamento do metrô, à falta do passageiro próprio, fica na dependência da chamada integração.Pela forma como foi implantado e a partir do próprio traçado, agravado pela má qualidade do projeto, a cidade está condenada a conviver por anos a fio com um longo e sistemático trabalho de absorver o metrô, para integrá-lo ao seu cotidiano e à sua funcionalidade. O que deveria ser uma alavanca do desenvolvimento urbano incorpora-se à vida soteropolitana como um estorvo a ser corrigido.
* Waldeck Ornélas é especialista em planejamento urbano-regional e ex-secretário do Planejamento, Ciência e Tecnologia da Bahia. COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO POSSO ATE CONCORDAR COM O WALDEK ORNAS, FIEL ESCUDEIRO DO ACM NETO. MAS QUANDO A GENTE SE LEMBRA DA ABOMINÁVEL REALIZAÇÃO DA AVENIDA OCEÂNICA, ACHO QUE ESTE RESPEITÁVEL SENHOR DEVERIA RELATIVIZAR!
ANJOS DA GUARDA
Saiba quem são os capinhas, 'anjos da guarda' dos ministros do STF
Assistentes ajudam a vestir togas, servir café e transportar processos.
Capa preta sobre os ombros originou expressão que designa auxiliares.
Esqueça a túnica branca e as auréolas sobre a cabeça. No Supremo Tribunal Federal (STF), os "anjos da guarda" dos 11 ministros e do procurador-geral da República vestem terno, gravata, uma capa de cetim preto que cobre metade das costas e atendem, informalmente, pelo nome de "capinhas".
Os assistentes de plenário da mais alta corte do país, vários deles estudantes e outros já bacharéis em Direito, fazem parte de um restrito grupo, responsável por auxiliar os magistrados e o chefe do Ministério Público em meio aos julgamentos. Dos 12 capinhas do Supremo, apenas quatro são servidores. Os demais assessores são terceirizados. Seus salários oscilam entre R$ 2,5 mil e R$ 11,7 mil por mês, sem contar as horas extras.
Os assistentes de plenário da mais alta corte do país, vários deles estudantes e outros já bacharéis em Direito, fazem parte de um restrito grupo, responsável por auxiliar os magistrados e o chefe do Ministério Público em meio aos julgamentos. Dos 12 capinhas do Supremo, apenas quatro são servidores. Os demais assessores são terceirizados. Seus salários oscilam entre R$ 2,5 mil e R$ 11,7 mil por mês, sem contar as horas extras.
Auxiliares dos ministros do Supremo. Entre as funções deles estão vestir togas, servir café e transportar processos (Foto: Imprensa / STF)
Sentados às costas dos ministros, os assessores ficam de prontidão para atender os integrantes do tribunal. São eles quem organizam os livros dos magistrados em pequenas estantes no plenário, carregam documentos e votos, arquivam memoriais entregues pelas defesas e providenciam cópias de pareceres e petições.
Também faz parte do rol de tarefas dos assistentes servir água e café, ajudar a vestir as togas, entregar bilhetes e, inclusive, puxar as poltronas de couro amarelo para os magistrados sentarem. A convivência quase diária com os ministros permite que eles conheçam, como poucos, os gostos e as manias dos juízes da Suprema Corte. Não raras vezes, os auxiliares reconhecem os pedidos dos chefes por um gesto ou olhar.
Na maratona de sessões do julgamento dos 38 réus do mensalão, o capinha mais requisitado é o assistente do relator do processo, ministro Joaquim Barbosa. Com um problema crônico no quadril, o magistrado senta e levanta constantemente para tentar amenizar as dores.
Na maratona de sessões do julgamento dos 38 réus do mensalão, o capinha mais requisitado é o assistente do relator do processo, ministro Joaquim Barbosa. Com um problema crônico no quadril, o magistrado senta e levanta constantemente para tentar amenizar as dores.
A um simples sinal dos dedos da mão esquerda do relator, o auxiliar Fábio Júnior, 33 anos, corre para o tablado do plenário reservado aos ministros. Em movimentos sincronizados, o capinha puxa a cadeira ergonômica de Barbosa, se agacha para retirar o suporte de madeira para os pés e busca a poltrona de couro do magistrado, que costuma ficar estacionada em um canto do recinto.
Barbosa utiliza o assento de uso restrito dos ministros somente como apoio para ficar em pé. Quando ele cansa da posição, seu capinha se apressa a fazer novamente os mesmos movimentos, só que em sentido contrário. Fábio repete a ginástica no plenário de três a cinco vezes por sessão.
Nas poucas oportunidades em que o assistente não está à volta de Barbosa, os colegas não se esquivam de auxiliar o ministro. Com inúmeras atribuições, os capinhas se valem da parceria para evitar que colegas sejam repreendidos. Apesar do esforço, as broncas são inevitáveis.
"Há um enfoque de união entre os assistentes de plenário. Por exemplo, se alguém esquece de trazer um documento, o colega passa na hora. Invariavelmente, falta alguma coisa. E sempre que isso acontece, é justamente o material que o ministro acaba pedindo", conta um assessor do STF.
Segundo assistentes ouvidos pelo G1, os magistrados mais exigentes da Corte são os ministros Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes e Celso de Mello. O trio costuma ser minucioso com a categoria.
Há 22 anos no Supremo, Marco Aurélio é quem mais cobra disciplina dos capinhas. O ministro, relatam os assessores de plenário, está sempre atento para eventuais deslizes, como usar uma veste inadequada ou sentar na cadeira de um magistrado.
"Procuro guardar a liturgia do cargo, uma certa cerimônia. Sou uma pessoa muito humana e solidária, principalmente, com os que trabalham comigo. Mas sou rigoroso com a forma", afirmou Marco Aurélio ao Mesmo preciosista, o ministro é reconhecido pelos capinhas por valorizar seus subordinados. É o único de que se tem notícia no tribunal que já promoveu dois assistentes de plenário a chefe de gabinete, incluindo seu atual braço-direito no STF.
Marco Aurélio diz ser importante dar oportunidades para as “pratas da casa". "Eles [os capinhas] são a ponte entre o gabinete e o plenário. Essas promoções foram apenas o resultado da dedicação deles", explicou.
Em outros tempos, lembram os assistentes, o título de magistrado linha dura do Supremo pertencia ao ex-ministro Carlos Alberto Menezes Direito, morto em 2009 devido a complicações no pâncreas.
Mais antigo capinha em atividade no STF, Cézar Antônio Fortaleza, auxiliar de plenário do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirma que o Menezes Direito era "exigente e formal". O assessor atua no plenário da Suprema Corte há 16 anos.
"Você não podia estar com o paletó aberto que ele chegava e pedia, por favor, para fechá-lo. O ministro também não gostava que os capinhas retirassem a toga dos magistrados dentro do plenário. Sempre enfatizava que os ministros deviam entrar togados e sair togados", destacou o decano dos assistentes.
Outros capinhas recordam que Menezes Direito costumava chamar a atenção dos auxiliares de plenário que liam livros ou jornais durante as sessões. "O ministro argumentava que não era o local e o momento adequado", disse um assessor.
Barbosa utiliza o assento de uso restrito dos ministros somente como apoio para ficar em pé. Quando ele cansa da posição, seu capinha se apressa a fazer novamente os mesmos movimentos, só que em sentido contrário. Fábio repete a ginástica no plenário de três a cinco vezes por sessão.
Nas poucas oportunidades em que o assistente não está à volta de Barbosa, os colegas não se esquivam de auxiliar o ministro. Com inúmeras atribuições, os capinhas se valem da parceria para evitar que colegas sejam repreendidos. Apesar do esforço, as broncas são inevitáveis.
"Há um enfoque de união entre os assistentes de plenário. Por exemplo, se alguém esquece de trazer um documento, o colega passa na hora. Invariavelmente, falta alguma coisa. E sempre que isso acontece, é justamente o material que o ministro acaba pedindo", conta um assessor do STF.
Segundo assistentes ouvidos pelo G1, os magistrados mais exigentes da Corte são os ministros Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes e Celso de Mello. O trio costuma ser minucioso com a categoria.
Há 22 anos no Supremo, Marco Aurélio é quem mais cobra disciplina dos capinhas. O ministro, relatam os assessores de plenário, está sempre atento para eventuais deslizes, como usar uma veste inadequada ou sentar na cadeira de um magistrado.
"Procuro guardar a liturgia do cargo, uma certa cerimônia. Sou uma pessoa muito humana e solidária, principalmente, com os que trabalham comigo. Mas sou rigoroso com a forma", afirmou Marco Aurélio ao Mesmo preciosista, o ministro é reconhecido pelos capinhas por valorizar seus subordinados. É o único de que se tem notícia no tribunal que já promoveu dois assistentes de plenário a chefe de gabinete, incluindo seu atual braço-direito no STF.
Marco Aurélio diz ser importante dar oportunidades para as “pratas da casa". "Eles [os capinhas] são a ponte entre o gabinete e o plenário. Essas promoções foram apenas o resultado da dedicação deles", explicou.
Em outros tempos, lembram os assistentes, o título de magistrado linha dura do Supremo pertencia ao ex-ministro Carlos Alberto Menezes Direito, morto em 2009 devido a complicações no pâncreas.
Mais antigo capinha em atividade no STF, Cézar Antônio Fortaleza, auxiliar de plenário do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirma que o Menezes Direito era "exigente e formal". O assessor atua no plenário da Suprema Corte há 16 anos.
"Você não podia estar com o paletó aberto que ele chegava e pedia, por favor, para fechá-lo. O ministro também não gostava que os capinhas retirassem a toga dos magistrados dentro do plenário. Sempre enfatizava que os ministros deviam entrar togados e sair togados", destacou o decano dos assistentes.
Outros capinhas recordam que Menezes Direito costumava chamar a atenção dos auxiliares de plenário que liam livros ou jornais durante as sessões. "O ministro argumentava que não era o local e o momento adequado", disse um assessor.
.Trapalhadas no plenário
Na história recente do Supremo, capinhas protagonizaram episódios que entraram para o folclore do tribunal. Houve uma vez em que o assistente do então ministro Eros Grau puxou a cadeira para o magistrado levantar e, em um momento de distração, não percebeu que o chefe mudou de ideia e resolveu se sentar de novo. Sem assento, o ministro, que se aposentou em 2010, foi ao chão.Em outra ocasião, um auxiliar de plenário, por acidente, derrubou um copo de’água sobre o colo do ex-ministro Sepúlveda Pertence em plena sessão. O banho foi tão grande que chegou a ensopar o computador do magistrado.
Os documentos que os capinhas transportam dos gabinetes ao plenário também já geraram confusão. Em certa ocasião, o assistente do ministro Dias Toffoli entregou o relatório do processo errado para o magistrado ler em plenário. A falha só foi descoberta no momento em que o advogado do caso advertiu Toffoli sobre o engano.
Togas em movimento
Nem todos os ministros do Supremo têm paciência para aguardar que os assistentes de plenário os vistam com a toga, uma capa de cetim preto, comprida, usada pelos magistrados durante os julgamentos. Para fixá-la e retirá-la, o assistente tem de atar ou desamarrar duas fitas nas costas do juiz.
Na última semana, ao ser anunciado o intervalo de uma das sessões da análise do processo do mensalão, o ministro Antonio Dias Toffoli saiu em disparada para o salão branco, contíguo ao plenário, com seu capinha a tiracolo, tentando desvencilhá-lo da vestimenta.
Por outro lado, há os magistrados que ao vestir ou tirar a toga se preocupam com a estética. Capinhas que conversaram com o G1 revelaram que muitos ministros salientam para os assessores tomarem cuidado para não estragar seus penteados ou bater em seus óculos.
Assessores dos ministros contam que se ajudam no trabalho do dia a dia. Se um deles descobre que o chefe vai levar à discussão um processo que não estava previsto, avisa os demais para se prevenirem e deixarem documentos relativos aos autos em local de fácil acesso (Foto: Imprensa / STF)
Legado Jobim
Presidente do Supremo entre os anos de 2004 e 2006, o ex-ministro Nelson Jobim é reverenciado até hoje pelos capinhas por ter facilitado a atarefada rotina dos assistentes de plenário. Até então, como não havia uma cronograma de julgamentos, os auxiliares eram obrigados a carregar pilhas e pilhas de documentos para se precaver caso um processo fosse colocado em pauta inesperadamente.
Durante o mandato do magistrado gaúcho, porém, a Corte implantou uma nova sistemática, passando a disponibilizar na internet os calendários de julgamento. Os assistentes de plenário brincam que o trabalho da categoria se divide em antes e depois da gestão Jobim. "Essa medida facilitou em grande escala o trabalho do assistente de plenário", afirmou Jackson Alessandro de Andrade, que há oito anos atua como capinha do ministro Gilmar Mendes.
Já nas duas turmas do Supremo, apesar das tentativas de se implantar os calendários prévios, até hoje os auxiliares não sabem quais processos serão julgados nas tardes de terças-feiras, quando ocorrem os encontros desses colegiados.
Para evitar serem pegos de surpresa, eles montaram uma rede interna de informações. Quando um assistente fica sabendo que o chefe irá colocar um processo em pauta, dispara um alerta para os demais colegas terem tempo de correr atrás de pareceres do Ministério Público e memoriais de advogados antes do início da sessão. Os documentos subsidiam os magistrados durante os julgamentos.
Presidente do Supremo entre os anos de 2004 e 2006, o ex-ministro Nelson Jobim é reverenciado até hoje pelos capinhas por ter facilitado a atarefada rotina dos assistentes de plenário. Até então, como não havia uma cronograma de julgamentos, os auxiliares eram obrigados a carregar pilhas e pilhas de documentos para se precaver caso um processo fosse colocado em pauta inesperadamente.
Durante o mandato do magistrado gaúcho, porém, a Corte implantou uma nova sistemática, passando a disponibilizar na internet os calendários de julgamento. Os assistentes de plenário brincam que o trabalho da categoria se divide em antes e depois da gestão Jobim. "Essa medida facilitou em grande escala o trabalho do assistente de plenário", afirmou Jackson Alessandro de Andrade, que há oito anos atua como capinha do ministro Gilmar Mendes.
Já nas duas turmas do Supremo, apesar das tentativas de se implantar os calendários prévios, até hoje os auxiliares não sabem quais processos serão julgados nas tardes de terças-feiras, quando ocorrem os encontros desses colegiados.
Para evitar serem pegos de surpresa, eles montaram uma rede interna de informações. Quando um assistente fica sabendo que o chefe irá colocar um processo em pauta, dispara um alerta para os demais colegas terem tempo de correr atrás de pareceres do Ministério Público e memoriais de advogados antes do início da sessão. Os documentos subsidiam os magistrados durante os julgamentos.
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