sexta-feira, 17 de março de 2017

CARNE FRACA

Polícia Federal deflagra operação de combate a venda ilegal de carnes

Operação 'Carne Fraca' foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (17).
Segundo a PF, grandes empresas, como BRF Brasil, estão envolvidas.




A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta sexta-feira (17), 309 mandados judiciais em seis estados e no Distrito Federal. A operação, batizada de "Carne Fraca", apura o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos.
Segundo a polícia, a "Carne Fraca" é, em números, a maior operação já realizada pela PF no país. Pela manhã, funcionários do ministério foram detidos.
Veja o que se sabe até o momento:
- Agentes do governo teriam recebido propina para liberar licenças de frigoríficos
- Maiores empresas do setor são investigadas no esquema
- Ministro foi gravado em conversas com um dos líderes do esquema
- Frigoríficos vendiam carne vencida no mercado interno e no exterior
- 1,1 mil policiais cumprem mandados: 27 são prisão preventiva e 11 de prisão temporária
A operação envolve grandes empresas do setor, como a BRF Brasil, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém Friboi, Seara, Swift, entre outras marcas, mas também frigoríficos menores, como Mastercarnes, Souza Ramos e Peccin, do Paraná, e Larissa, que tem unidades no Paraná e em São Paulo.
Em contato com o G1, a JBS afirmou que não tem informação de que algum executivo seu foi preso e informou que não há operação da PF na empresa. A reportagem tenta contato com os demais citados pela Polícia Federal.
Dinheiro foi apreendido com Gil Bueno, superintendente regional do Mapa (Foto: Arquivo Pessoal)
Dinheiro foi apreendido com Gil Bueno, superintendente regional do Mapa (Foto: Arquivo Pessoal)
          

 Segundo as investigações, o esquema no Paraná era comandado pelo ex-superintendente regional do Mapa, Daniel Gonçalves Filho, e pela chefe do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Maria do Rocio Nascimento, que trabalham em Curitiba.

Um comentário:

  1. Apesar das fraudes criminosas (afinal estamos no Brasil!), ninguém me convence que por trás dessa súbita "descoberta" não existe alguma pinimba entre os frigoríficos e o pecuarista e notório desmatador Blairo Maggi, por acaso Ministro da Agricultura

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