quarta-feira, 19 de julho de 2023

O DINHEIRO PÚBLICO

 

Dois grandes projetos que ainda não saíram do papel consumiram mais de R$ 370 milhões dos cofres do estado sem que as obras sequer tenham começado de fato.

No ex-VLT, hoje rebatizado para Monotrilho do Subúrbio, foram gastos R$ 56,9 milhões de 2018 até a última semana, mostram dados obtidos junto ao site de Transparência da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).

Do total, R$ 27,5 milhões foram pagos à MPE Engenharia, responsável pelo sistema de alimentação de energia elétrica.

Outros 15,2 milhões foram destinados ao consórcio contratado para garantir a certificação necessária à implantação do monotrilho, formado pelas construtoras Engevix e RK.

Custo do nada
Já os R$ 14,2 milhões restantes foram repassados à concessionária Metrogreen Skyrail, a título de aportes previstos em contrato firmado entre o governo e o grupo controlado pela montadora chinesa BYD, mesmo que não exista um trilho instalado.
Só aumenta
A conta da segunda obra de papel - a Ponte Salvador-Itaparica - é ainda maior. Conforme revelou ontem o portal Aratu Online, o projeto vendido pelo governo baiano como realização há mais de uma década gerou gastos estimados em R$ 316 milhões, parte para o chamado Fundo Garantidor da ponte, parte em serviços de consultoria.
No valor, entretanto, não foram contabilizados os R$ 30 milhões gastos com o projeto executivo original da obra, concluído e apresentado à imprensa em 2012, fora a correção monetária ao longo de 12 anos.

Mauro Marconi

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