quinta-feira, 7 de setembro de 2023

DE MÃOS DADAS NA PRAIA DO BURACÃO

 Moradores e frequentadores realizam protesto contra construção de espigões na Praia do Buracão



O BNews esteve na manifestação e conversou com moradores, frequentadores e ambulantes da Praia do Buracão  |  Paulo M. Azevedo / BNews

Os moradores, frequentadores e ambulantes se reuniram, na manhã deste domingo (2), para protestar contra a construção de três torres de 18 andares na Rua Barro Vermelho, localizado na Praia do Buracão. 

O projeto que está na Prefeitura de Salvador pretende invadir a faixa de areia que já possui irregularidades.

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De mãos dadas, manifestantes fazem círculo em volta da bandeira 'SOS Buracão' - Paulo M. Azevedo / BNews



BNews esteve na manifestação e conversou com moradores, frequentadores e ambulantes da Praia do Buracão.

arquiteto e morador do Rio Vermelho, Pedro Vieira, acredita que esse projeto pode abrir precedentes para que outras obras irregulares sejam feitas em Salvador.

"É um perigo esse modelo se replicar em outros locais da cidade. Este é um exemplo a ser combatido, para que não aconteça nem aqui, nem em outro lugar", pontuou Pedro.

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Pedro Vieira, arquiteto e morador do Rio Vermelho - Paulo M. Azevedo / BNews

Hugo Santana é ambulante e está na Praia do Buracão há 20 anos.

 Segundo ele, o projeto impacta nas ondas, vai diminuir as vendas e aumentar a sombra, fazendo com que reduza também o número de frequentadores.

Um dos moradores mais antigo da rua Barro Vermelho, Cau Trigo contou que viu as primeiras construções na região. 

De acordo com ele, os moradores, frequentadores e ambulantes possuem uma relação saudável. Com a construção das três torres, a tendência é que o clima familiar presente na Praia do Buracão.

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Hugo Santana, ambulante da Praia do Buracão há 20 anos - Paulo M. Azevedo / BNews

"Temos que ficar atentos para que esse absurdo não aconteça em nossa cidade. Como vão se sentir as pessoas que vão morar nesses prédios, interferindo na harmonia dos moradores antigos? Como fica isso nas pessoas que estão trocando vida por dinheiro?", questionou o morador.

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Cau Trigo, morador afirma que viu primeiras construções no bairro - Paulo M. Azevedo / BNews


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