Tudo demais é sobra!!!
por Davidson Botelho
Não tem quem aguente tantos dias de Carnaval. Nem o folião, nem a polícia, nem os artistas, nem a infraestrutura, nem os moradores e muito menos a economia da cidade.
Fala-se muito de valores que o Carnaval gera, mas pouco se fala do impacto negativo na economia.
Lojas fechadas, postos de gasolina sem operar, serviço público fechado e sem arrecadar, shoppings completamente vazios, etc., só cheio as ruas e as delegacias, o roubo de celulares vai bater recordes neste Carnaval.
Ao contrário do que muitos imaginam, tem mais baianos saindo da cidade do que turistas chegando.
O Carnaval é uma festa que faz parte da nossa cultura e é importante sim. O problema é o exagero forçado pelos patrocinadores (cervejarias principalmente) e cedido pela prefeitura.
A conta é fácil de entender. A Ambev pagou uma cota de patrocínio, mas resolveu “presentear” a cidade numa terça-feira com uma atração de peso.
Deve ter pago entre R$ 300 a R$ 500 mil (o artista e os empresários não têm culpa nenhuma, é o negócio deles), vai vender cerca de R$ 2 milhões em cerveja numa noite, o estado coloca segurança, policiais já exaustou, irritados, insatisfeitos se lascam. A prefeitura tira foto como os salvadores da pátria do pão e circo. Quem mora na região que se lasque, se mude, viaje, e assim seguimos ano após ano.
Isso sem falar nos verdadeiros campos de refugiados que as ruas se transformam. Famílias se instalam com filhos, idosos, ali formem, fazem suas necessidades e até outras coisas, cenas terríveis de serem assistidas por quem tem o mínimo de dissentimento e humanismo.
Na Culândia é assim, quem não estiver satisfeito que se mude.
Como tudo na vida, LIMITE, é o segredo!
*Davidson Botelho é empresário
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