M Concita Weber
A chuva de animais é um fenômeno lendário relativamente raro, que sucedeu em algumas cidades ao longo da história. Os animais que costumavam cair do céu eram peixes e sapos, e por vezes pássaros. Em certas ocasiões os animais sobreviviam à queda, principalmente os peixes. Em muitos casos, no entanto, os animais morriam congelados e caiam completamente encerrados em blocos de gelo. Isto demonstra que foram transportados a grandes altitudes, onde as temperaturas são negativas. A violência deste fenômeno é palpável quando caem apenas pedaços de carne, e não animais inteiros. Poder-se-ia remontar ao Antigo Egito se se der crédito ao papiro egípcio de Alberto Tulli e do qual se diz que registaria fenômenos estranhos, como o surgimento daquilo que a literatura sobre fenômenos paranormais interpreta como um OVNI. De modo particular, regista-se também a queda de peixes e pássaros do céu.
O autor grego Ateneu menciona uma chuva de peixes que durou três dias na região de Queronea, no Peloponeso. No século I, o escritor naturalista Plínio, o Velho, descreveu a chuva de pedaços de carne, sangue e outras partes animais como rã. Finalmente, na Idade Média, a frequência do fenômeno em certas regiões levou as pessoas a crer que os peixes nasciam já adultos nos céus, e de seguida caíam no mar.
O autor grego Ateneu menciona uma chuva de peixes que durou três dias na região de Queronea, no Peloponeso. No século I, o escritor naturalista Plínio, o Velho, descreveu a chuva de pedaços de carne, sangue e outras partes animais como rã. Finalmente, na Idade Média, a frequência do fenômeno em certas regiões levou as pessoas a crer que os peixes nasciam já adultos nos céus, e de seguida caíam no mar.
Na cidade de Essex, Inglaterra, aconteceu uma chuva de peixes como salmões, arenques e pescadas. Os peixes foram vendidos pelos comerciantes locais.
A 16 de Fevereiro de 1861, a cidade de Singapura sofreu um sismo, seguido de três dias de abundantes chuvas. Após o final das chuvas, nos charcos havia milhares de peixes. Alguns afirmaram tê-los visto cair do céu, embora outros se mostrassem mais reservados ao dar o seu testemunho. Quando as águas se retiraram, se encontraram outros peixes nos charcos que tinham secado, notavelmente em lugares que não tinham sofrido inundações.
A revista Scientific American registra um aguaceiro de serpentes que chegavam às 18 polegadas de comprimento em Memphis, em 15 de Janeiro de 1877. Nos Estados Unidos, se registraram mais de quinze eventos de chuvas de animais, apenas no século XIX.
Em 7 de Setembro de 1953, milhares de rãs caíram do céu sobre Leicester, em Massachusetts, Estados Unidos.
Em Birmingham ocorreu uma chuva de sapos em 1954.
Em 1978, chuva caranguejos na Nova Gales do Sul, na Austrália.
Em 2002, chuva peixes numa aldeia nas montanhas do interior da Grécia. O diário Le Monde
Em 2007, chuva pequenas rãs em El Rebolledo (província de Alicante, Espanha).
Em 2010, chuva pequenos peixes brancos, muitos deles ainda vivos, em Lajamanu, localidade de 669 habitantes, no norte da Austrália.
Algumas explicações dadas a este fenômeno:
Que um tornado seria o responsável pela captura de animais e a posterior queda a grandes distâncias do seu lugar de origem.
O físico francês André-Marie Ampère considerou que os testemunhos de chuva de animais eram verdadeiros. Ampère tentou explicar as chuvas de sapos com uma hipótese que depois foi aceita e refinada pelos cientistas. Perante a Sociedade de Ciências Naturais, Ampère afirmou que em certas épocas os sapos e as rãs vagabundeiam pelos campos em grande número, e que a ação dos ventos violentos pode capturá-los e dispersá-los a grandes distâncias.
Mais recentemente, surgiu uma explicação científica do fenômeno, que envolve trombas marinhas. Os ventos que se acumulam são capazes de capturar objetos e animais, graças a uma combinação de depressão na tromba, e da força exercida pelos ventos dirigidos no seu sentido. Em consequência, estas trombas, ou mesmo tornados, poderão transportar animais a alturas relativamente grandes, percorrendo grandes distâncias. Os ventos são capazes de recolher animais presentes numa área relativamente extensa, e deixam-nos cair, em massa e de maneira concentrada, sobre pontos localizados. Esta hipótese aparece reafirmada pela natureza dos animais destas chuvas: pequenos e leves, geralmente surgidos do meio aquático, como batráquios e peixes. Também é significativo o fato de que, com frequência, a chuva de animais seja precedida por uma tempestade. No entanto, há alguns pormenores que não puderam ser explicados. Por exemplo, que os animais por vezes estejam vivos mesmo depois da queda, e alguns em perfeito estado. Outro aspecto é o de que normalmente cada chuva de animais se manifeste com uma só espécie de cada vez, quase nunca as misturando nem incluindo algas ou outras plantas. O mecanismo de transporte, qualquer que seja a sua natureza, prefere selecionar uma só espécie de peixe ou rã, ou aquele animal que esteja no menu do dia.
As chuvas de animais estiveram sem explicação científica durante muito tempo, enquanto se desenvolviam hipóteses que iam desde as tentativas lógicas de explicar o fenômeno, até às mais absurdas. No século IV A.C., o filósofo grego Teofrasto negou a existência de chuvas de sapos, explicando simplesmente que os sapos não caem durante a chuva, mas esta última os faz sair da terra. No século XVI, Reginald Scot aventurou-se a dar uma hipótese. Segundo ele, "é certo que algumas criaturas são geradas de maneira espontânea, e não necessitam de pais. Por exemplo, estas rãs não vinham de nenhuma parte, foram transportadas pela chuva. Estas criaturas nascem dos aguaceiros...".No século XIX pensava-se que a evaporação da água levava os ovos de rã para as nuvens, onde eclodiam e caíam à terra num aguaceiro.
Entre as explicações não científicas do fenômeno, se encontram as interpretações sobrenaturais. Ainda assim persistem as que alegam intervenções de seres extraterrestres. Nas hipóteses sobrenaturais, que podem ser de natureza religiosa, dependendo do tipo de objeto ou animal que cai na terra, o fenómeno é perceptível e seria um castigo, como o caso das pedras que caíram sobre o exército amorita no Antigo Testamento, ou como um sinal providencial de bondade divina, quando se trata de animais comestíveis.
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