Silvana Olivieri
É gravíssima a situação do casarão de azulejos da praça Cayru, cuja desapropriação foi anunciada com alarde pela Prefeitura de Salvador em 2015, para abrigar o Museu da Música.
Essas fotos são de ontem, 20/04.
Quase sem cobertura, já tendo havido desabamentos internos e com todas as fachadas deterioradas, o prédio pode, a qualquer momento, desabar. E se isso acontecer, será sobre a rua. Tem um vendedor de frutas que passa o dia sob a marquise do prédio, e muitos pedestres usando normalmente a calçada.
A obrigação de cuidar é, em primeiro lugar, dos proprietários.
Como estes não cuidam e há risco de desabamento, em que pese se tratar de um imóvel tombado individualmente pelo IPHAN em 1963, o interesse público já manifestado, seu valor histórico, estético e cultural para a cidade, o valor afetivo para tantos de nós e, o pior de tudo, o perigo que oferece à população que transita no local, a Prefeitura e o IPHAN Bahia já deveriam ter isolado a área, fechado todos os vãos das fachadas e escorado o prédio, medidas de caráter preventivo e emergencial.
Portanto, se nada fizeram até agora, algum motivo escuso há.
Se alguma tragédia vier a acontecer ali, serão cobrados como os principais responsáveis.
O prédio vizinho, ao que parece, está ainda em piores condições.
Vou repetir o que comentei na postagem original do Facebook:
ResponderExcluirO abandono é econômico. Imagine quanto custou derrubar a mansão Wildberger na calada da noite! Pode despencar em cima de alguém? Dano colateral.
Sempre fui um crítico dessa "política de conservação de ruínas" do Iphan/Ipac.
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