terça-feira, 18 de abril de 2017

LUÍZA ERUNDINA

A força da mulher
Mais uma vez a deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) tomou a dianteira para defender o que acha justo. Acompanhada de companheiros de esquerda, a ex-prefeita da capital paulista (primeira mulher a chegar a este posto por voto popular), impediu o trâmite da Reforma Trabalhista que o governo Temer tentava fazer passar de forma atropelada. Erundina sentou na cadeira do presidente da Câmara e travou, pelo menos por enquanto, a nova Lei que modifica de forma drástica toda a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Sempre ela

Resultado de imagem para FOTOS DE LUIZA ERUNDINANão é a primeira vez que Luiza Erundina encabeça uma reação nos momentos mais complicados dessa legislatura. Quando Eduardo Cunha ainda dava as cartas, Erundina também ocupou a cadeira presidencial para colocar ordem na casa. Na sua trajetória, a ex-prefeita de São Paulo deixou o PT quando o partido quis impedí-la de ser ministra do governo Itamar. Foi para o PSB, mas deixou a agremiação quando PT e PSB aceitaram o apoio de Paulo Maluf na eleição paulistana de 2012 – ela era candidata a vice de Haddad, que venceu a eleição. Agora no PSOL, Erundina continua a demonstrar a mesma personalidade, combatividade e coerência com as ideias que acredita – coisa que tanto faz falta na maioria dos políticos brasileiros.

Mais mudanças

O governo Temer adiou por mais algum tempo a apresentação do projeto final de Reforma da Presidência. Nem o café da manhã oferecido a mais de uma centena de deputados aliados conseguiu fazer com que o governo conseguisse uma margem segura para a aprovação. Por isso muitos pontos estão sendo negociados, como o tempo de contribuição para mulheres, a aposentadoria rural e a diferenciação para algumas categorias profissionais, como professores e policiais

O pau quebrou

Falando no pessoal de segurança, o sindicato dos policiais promoveu um ato forte para mostrar que a categoria não está satisfeita com as regras que, até agora, o governo Temer que implementar. Vidros foram quebrados na tentativa de invasão e a Polícia do Congresso se mostrou totalmente sem condições de evitar a confusão. Do lado de fora, para aumentar a temperatura os sindicalistas lembravam, do carro de som, que muitos dos parlamentares que estavam prontos a votar a Reforma da Previdência correm o risco de sair do Congresso de algemas, direto para a prisão, por causa da Operação Lava Jato.

O STF embola o jogo

Em meio a uma das maiores crises políticas do país, o plenário do STF tomou nesta terça (18) um decisão “histórica”. Definiu que o Sport Recife é o único campeão brasileiro de 1987. A ação foi promovida pelo Flamengo, que pretendia ser declarado campeão, pois o regulamento aprovado na chamada Copa União dava margem a dúvidas. O mais inacreditável é que, com o país em chamas com a Lava Jato e as dezenas de políticos acusados de corrupção e outras coisas piores, os ministros da Suprema Corte brasileira tenham que se debruçar sobre casos como um campeonato de futebol. E o pior é que há inúmeras questões de interesse menor esperando julgamento no STF. Desse jeito é difícil imaginar que as condenações da Lava Jato possam acontecer de maneira rápida.

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