O artista brasileiro que viveu 50 anos em instituições psiquiátricas e é tema de exposição nos EUA
- Alessandra Corrêa
- De Washington para a BBC News Brasil
Era quase véspera de Natal quando o sergipano Arthur Bispo do Rosario, então com 29 anos de idade, recebeu a revelação que iria definir sua vida e obra.
Segundo Bispo, as vozes que o acompanhavam diziam que ele deveria se "trancar em um quarto e começar a reconstruir o mundo" e "representar todas as coisas existentes na Terra". Durante o resto da vida, ele se dedicou incansavelmente a cumprir a missão divina que acreditava ter recebido, de catalogar e organizar "o caos do mundo" em preparo para o Dia do Juízo Final.
Ele transformou as celas em que estava confinado em oficina de trabalho e começou a recriar cenas do cotidiano e a contar a sua versão da história do universo. Utilizava qualquer material que encontrasse, como lençóis, uniformes, pedaços de madeira de caixas de feira, cabos de vassouras, chinelos, tênis Conga, talheres, canecas e todo o tipo de sucata e objetos que ganhava e trocava com outros pacientes.
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO.- Em 27 de junho inauguro na Aliança Francesa de Salvador, uma exposição em homenagem a Nise da Silveira com parte de minha coleção de Arte Bruta. É claro que a Emma Valle deverá ser a estrela do evento.
No dia 29, uma mesa redonda com psiquiatras junguianos e um crítico de arte debaterá sobre arte terapia.
Exposição/evento similar deverá acontecer em fim de julho na Fundação Eva Klabin no Rio de Janeiro com outra parte de meu acervo.
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