Mais genial escultora brasileira foi objeto de enorme paixão de Marcel Duchamp
Do mesmo modo que Marcel Duchamp, estou completamente apaixonado pela, inadmissivelmente esquecida, escultora brasileira Maria Martins.
Ela e Duchamp tiveram um envolvimento afetivo. Ele frequentava o ateliê dela em Paris. Enviou cartas de amor e sedução, entre os anos 1940 e até final da década de 1950. Período mais intenso da criatividade e produção de Maria - como a peça "Improvável 3" que, de muitos modos, explica o amor, mas não o romance, deles. Ela escreveria sobre a China, Índia e Nietzsche.
Acabo de assistir no Canal Curta! a um documentário sobre a trajetória da artista, marchand, embaixatriz, casada com o embaixador Carlos Martins; "melhor escultora brasileira", prêmio na Bienal de São Paulo que ajudou a criar em consultoria fundamental, designer e, também, escritora... e+. "D+!".
Já conhecia diversas esculturas dela, em bronze, mas nunca havia vinculado tais criações à genial artista.
O imperdível documentário "Maria, nunca esqueça que vim dos trópicos" está disponível no YouTube, sob aluguel, a R$ 6,90. O vídeo, contudo, tem restrições de compartilhamento e é excluído 48 horas após a primeira exibição.
No YouTube há diversos vídeos, tantos - pouco visualizados - sobre ela, com exposições das suas obras, inclusive mostras recentes. Na Internet, encontro e me debruço sobre dissertações e livros sobre essa extraordinária artista.
Inserida no panteão surrealista, Maria Martins, todavia, tem enorme relevância para a história do Modernismo na Arte brasileira.
Sim, Maria Martins (Campanha, Minas Gerais, 1894 - Rio de Janeiro, 1973) é uma artista fundamental na história do modernismo brasileiro e no panorama do surrealismo internacional.
Ela é conhecida por suas esculturas em bronze, seus desenhos e suas gravuras que representam figuras femininas híbridas, bem como mitologias indígenas amazônicas, afro-brasileiras e da antiguidade clássica.
Estou, agora, embora tardiamente, empenhado em atualizar meu (des)conhecimento sobre Maria, devorando - como dizemos de um antropófago - tudo sobre ela.
De carona, visito obras desconhecidas do apaixonado e apaixonante Duchamp.
Albenísio Fonseca
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