quinta-feira, 1 de novembro de 2018

ELES PASSARÃO

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Quando eu nasci, em julho de 1962, o Brasil vivia o curto período parlamentarista (1961-1963). Tancredo Neves era o Primeiro Ministro. Em seguida, o Congresso reestabeleceu o presidencialismo e João Goulart governou de fato e de direito até o golpe militar de 1964. 
De lá para cá, vivi sob a presidência de Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel, Figueiredo (o homem que amava mais os cavalos que o povo), Tancredo novamente, que eleito não governou e ainda nos legou a tragédia bigoduda do Maranhão, Sarney.
Depois, veio Collor, caçador de marajás e assaltante de recursos públicos, deposto democraticamente por impeachment, substituído pelo topete de Itamar, seguido de FHC 1 e 2 com a estabilidade da moeda (palmas pra ele) e muita negociata (emenda da reeleição, privatizações duvidosíssimas...), Lula 1 e 2 (muitos avanços sociais, inclusão, prosperidade como nunca antes na história desse país, mas muita corrupção e acordo espúrio para se manter o PT no poder), seguido da incompetente Dilma 1 e 1/2, com seu autoritarismo e gastança, lamentavelmente deposta por impeachment na modalidade golpe institucional, seguida pelo cavernoso Temer que, pelo andar da carruagem, deveria sair do Palácio do Planalto 1º de janeiro direto para a penitenciária.
Tendo vivido tudo isso, da democracia ao golpe, de volta a democracia, por mais que Bolsonaro seja desqualificado para o cargo - e ele é sob qualquer ponto de vista, tem a legitimidade do voto MAS não evidencia nenhum preparo, sequer apresenta a condição mais elementar de discernir e se pronunciar sobre os gigantescos desafios que tem pela frente, tudo para ele é "tem que “vê” isso aí” - então, senhores, quero dizer que, ainda que os prognósticos sejam sombrios, que tenhamos razoes de sobra para temer pelo caos na economia, pelas ameaças às conquistas sociais, pelos arroubos autoritários e violentos de hordas de fascistinhas babacas se achando no direito de justiçar segundo suas convicções arbitrárias contra tudo que lhes contrariar, apesar de tudo isso, digo: eles passarão. O futuro será passado antes que a gente perceba.

Sergio Sobreira

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