Com fake news sobre fuga de empresas, Bolsonaro atraiu mais ódio dos vizinhos argentinos: “Louco”, “Palhaço”. Por Joaquim de Carvalho
Palhaço, louco, Bostonaro, ridículo fosforescente, lixo. Estes foram alguns dos adjetivos usados para definir Jair Bolsonaro, em comentários postados por argentinos na internet, depois que o presidente brasileiro usou sua conta no Twitter para publicar um post sobre empresas que estariam trocando a Argentina pelo Brasil.
“MWM, fábrica de motores americanos, a Honda, gigante de automóveis, e a L’Oreal, anunciaram o fechamento de suas fábricas na Argentina e instalação no Brasil. A nova confiabilidade do investidor vem para gerar mais empregos e maior giro econômico em nosso país.”
Algumas publicações comemoraram, como o site de extrema direita O Antagonista.
“Multinacionais transferem suas fábricas da Argentina para o Brasil. Jair Bolsonaro foi ao Twitter para comemorar o resultado da cura Guedes”, festejou a publicação.
Cura Guedes?
Era fake news. A L’Oreal tratou de emitir comunicado oficial. Continuará na Argentina. A Honda também se manifestou. Vai manter a fábrica no país vizinho, para produzir motos.
A Honda deixará de produzir o modelo de automóvel HR-V, mas só a partir de maio de 2020. E adiantou que, a partir de então, continuará vendendo o veículo na Argentina, mas importado do México, não do Brasil, onde a Honda também tem fábrica.
A MWM já havia anunciado em agosto — antes da eleição de Alberto Fernández, portanto — que fecharia sua fábrica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário