sábado, 19 de setembro de 2020

URGENTE: PRECISAMOS DE TRÊS CHINESES!


Afinal não são mais que 650 metros entre a Cruz do Pascoal e o Largo de Santo Antônio, mais uns 50 da Ladeira do Boqueirão.

Enfiar a fiação debaixo do chão, tirar os postes, reformar as calçadas, obra simples que, a rigor, não deveria levar mais que uns cinco meses. Com três responsáveis chineses, capazes de planejar, coordenar e fiscalizar a obra, dois meses no máximo.

A quem atribuir a culpa de uma situação que castiga há mais de meio ano moradores e comerciantes do bairro de Santo Antônio? A empresa executora, a PEJOTA, aparenta evidente desorganização. Mas a verdadeira culpada é a estatal CONDER que abocanhou anos atrás a responsabilidade pela execução de todas as obras do patrimônio material do centro histórico de Salvador sem ter quaisquer condições de substituir o IPAC. Trata este antigo bairro como se fosse Massaranduba ou Imbuí.

É absolutamente inadmissível que a Rua Direita continue – por ainda quantos meses? – parecendo a Transamazônica. Durante dias seguidos a obra fica parada. O que aconteceu? Alguma greve? Uma cratera vulcânica no meio da rua? Descobriram uma caverna com desenhos rupestres? Não: faltou material. A areia, dizem, não veio de Jacobina, etc.

Há quantas décadas existe a CONDER? Quantas obras assinou a serviço da Bahia? E ainda não sabe que ano de eleições é tempo de os prefeitos mostrarem serviço? Parte daquilo que prometeram nas campanhas terá que ser realizada se pretenderem ser reconduzidos ao cargo. Então, como fogo de palha, todos correm atrás de material de construção e, por consequência, haverá falta. Simples assim. A estatal deveria conhecer perfeitamente o problema. Elementar questão de planejamento.

Resultado: apesar da pandemia dar sinal de enfraquecimento, moradores e comerciantes continuam presos, sem poder voltar às atividades inerentes à vida urbana. E com considerável prejuízo econômico para todos.

O mais deprimente de tanto amadorismo, se terminarem dentro do prazo, é a feiura que nos espera no fim do ano. Existe algum (a) responsável pela estética da obra? Em caso afirmativo, melhor esconder o nome porque qualquer dona de casa do bairro de Pela-Porco tem mais sensibilidade e criatividade. Como prova a idiota ideia de colocar grama no passeio em ziguezague da ladeira do Boqueirão. Previram alguém para fazer a manutenção? Cortar, molhar, capinar? Não. É só para fazer bonitinho no dia da inauguração e tirar fotos. Quem achar que exagero pode ir até a Baixa dos Sapateiros e apreciar os “embelezamentos” da famigerada estatal.

A recém-criada Associação do Centro Histórico Empreendedor (ACHE) chegou em boa hora para fiscalizar futuras veleidades de políticos que, verdade seja dita, pouco se importam com nosso patrimônio.

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário