terça-feira, 29 de agosto de 2017

MADONNA E A QUINTA DO RELÓGIO

Madonna já estará a viver em Lisboa

A estrela já se mudou para a capital portuguesa
Madonna já estará a morar em Lisboa. Segundo a revista Visão, a estrela norte-americana está a viver no hotel Pestana Palace, em Alcântara, enquanto a sua casa em Sintra não fica pronta. Madonna deverá ficar no hotel durante cerca de seis meses.
Desde maio que a cantora tem andado por Portugal à procura de casas. A Visão escreve que Madonna andou à procura de casas, quintas e palácios, mas que acabou por se decidir pela Quinta do Relógio, na vila de Sintra.
Segundo a imprensa cor-de-rosa, os filhos vão frequentar o Liceu Francês e um dos filhos até foi treinar à academia do Benfica, no Seixal.
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Quinta do Relógio é um belo e antigo palacete que pode ser avistado na serra de Sintra, na mesma estrada que dá acesso à Quinta da Regaleira.
A quinta é composta de plantas raras e exóticas, como camélias, magnólias, araucárias, fetos, fúcsias e grandes nenúfares que cobrem os lagos da pequena quinta.
Esta quinta é propriedade privada, sendo impossível a visita ao público.
A entrada do palácio é ladeada por dois edifícios baixos, e a fachada é pintada por faixas transversais e ornamentada geometricamente com inspirações neo-árabes.
Na fachada ainda se pode ver várias legendas arábes repetidas três vezes, que significam «Deus é o único vencedor».
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Cronologia da Quinta do Relógio

18xx
A quinta foi adquirida a um padre jerónimo, pelo 15º Conde do Redondo, D. José de Sousa Coutinho (1789-1863).
A propriedade seria mais tarde adquirida pelo milionário Metznar onde construiu a primeira casa na Quinta do Relógio, uma torre com sinos que mostrava as horas ao som de vários minuetes. Esta casa foi entretanto demolida.

1835-1861 (reinado de D. Pedro V)
A propriedade foi mais tarde adquirida por um banqueiro rico, de nome Thomas Horn.
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O terreno é adquirido por Manuel Pinto da Fonseca, um negociante rico e traficante de escravos conhecido como «Monte Cristo», denominação retirada do conhecido romance de Dumas publicado em 1846, por ter enriquecido à custa dos escravos. Manuel Pinto da Fonseca entregou o projecto da casa a António Manuel da Fonseca Júnior.
O palacete foi edificado durante o reinado de D. Pedro V, com diversas influências românticas e neo-árabes.
1886
O palacete é usado como casa de lua-de-mel por D. Carlos de Bragança e D. Maria Amélia de Orleans, futuros reis de Portugal. D. Maria Amélia de Orleans comentou na época o antigo sobreiro «Vale mais a sobreira dos fetos do que Cascais e Estoris, tudo junto».
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1990-Presente
As primeiras obras de restauro são iniciadas, durando algumas décadas e ainda não estão acabadas como se pode ver pelas fotografias. Na década de 90 são registadas as ocorrências de festas e raves na propriedade.

Curiosidades da Quinta do Relógio

  • “Conta-se que, um dia o rei D. PedroV passava diante desta casa na companhia do seu amigo o marquês de Sá da Bandeira, este último, ouvindo a doce melancolia de um repuxo, perguntou-lhe: «Senhor, o que é este barulho?». «-certamente a água» « -Não, senhor, é o sangue dos negros flagelados pelo chicote que este homem transformou em ouro». Se as origens deste palácio de estilo árabe edificado em meados do séc XIX por um traficante de escravos são bem conhecidas, em contrapartida sabem-se poucas coisas acerca da história desta propriedade.”

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  • O palacete é referenciado na obra “Quintas e Palácio dos Arredores de Lisboa”de Anne de Stop (1986)
«Manuel Pinto da Fonseca antigo traficante de escravos, cognominado o Monte Cristo, cuja vida tumultuosa é aparentada com a de Edmond Dantés, o Conde Monte Cristo do apaixonante romance de Alexandre Dumas»
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  • Em 2010 a Câmara de Sintra considerou usar a Quinta do Relógio como um mero parque de estacionamento de apoio à Quinta da Regaleira.
  • O poeta inglês Robert Southey (1774- 1843) foi inspirado pela imponência de um antigo sobreiro na quinta:  «Há (…) aqui uma árvore tão grande e tão velha que um pintor deveria vir de Inglaterra só para a ver. Os troncos e os ramos são cobertos de fetos, formando com a folhagem escura da árvore o mais pitoresco contraste»

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