Banheiro público, é assim como tratamos o nosso Marco de Fundação!
Nas fotos a seguir (algumas nojentas), mostramos como precisamos evoluir em vários aspectos, dentre eles: educação, respeito, sentimento de pertencimento e principalmente, na cobrança aos gestores públicos (que se fazem de cegos) para a preservação da nossa história.
O Marco de Fundação de uma cidade é o local de seu nascimento, onde tudo começou! Esse local, em muitas cidades, é uma referência histórica para que as futuras gerações conheçam um pouco mais do lugar aonde vivem ou visitam. Logo, a preservação deve ser uma prioridade para os que se importam com a sua história e a sua cidade.
Infelizmente, em Salvador, o nosso marco zero é utilizado como sanitário público, o que é uma vergonha para todos, não acham?
Já pensaram como maltratamos demais nossas referências históricas? Que não usamos nosso patrimônio urbano e cultural, como outros destinos o fazem, dando a devida importância aos pontos turísticos? Será que a cidade não precisa da receita que o turismo, sério, gera? Será que o pessoal da Saltur não enxerga que naquela área pode se criar um corredor cultural?
O problema é que a solução (tão simples) não depende só dos que não enxergam. Nós não damos o devido valor aos nossos monumentos, não fomos educados e não educamos, adequadamente, nossos filhos para a importância desses lugares e para piorar, achamos normal, aceitamos facilmente e arranjamos desculpas para continuar permitindo o desrespeito com a nossa história.
"Problema cultural", "falta de educação", "falta de banheiros públicos", "o baiano tem o mal hábito de urinar nas ruas", "Salvador fede a mijo", etc., são algumas das justificativas que já estamos acostumados a ouvir. Mas até quando?
A AMABARRA aproveitou o anúncio da obra de "requalificação" da orla da Barra em 2013, para cobrar banheiros públicos (decentes) para a região que vai do Porto ao Morro do Cristo. Além de apontar o problema, que também é causado pela falta dos equipamentos, oferecemos soluções e sugestões, apesar de constar no quadro da FMLF - Fundação Mario Leal Ferreira arquitetos e urbanistas, capacitados, para resolver essa questão. (Ou será que não possuem?)
A Prefeitura de Salvador não levou em consideração nossas propostas e fechou os olhos para isso, afinal quem se importa com a fama que temos? Quem se importaria com o fato de urinarmos em nossa certidão de nascimento? Quem se importa com o mau cheiro naquele ponto turístico?
Nós Prefeitura de Salvador, nós nos importamos!
Apesar da falta de vontade política, a AMABARRA solicitou a Fundação Gregório de Mattos o tombamento do Marco de Fundação da cidade. O processo anda a passos de cágados, mas se aprovado, obriga a Prefeitura de Salvador a cuidar melhor da área: capinando, lavando, limpando, recuperando, vigiando, iluminando e revitalizando.
Só para lembrar aos esquecidos, na divulgação da obra de "requalificação" os banheiros públicos constavam no projeto. Logo, os recursos públicos (dinheiro de nossos impostos) foram destinados para as construções desses mobiliários urbanos.
Enquanto a vontade política, o tombamento, a educação e o sentimento de pertencimento não vem, vamos fazer uma campanha para divulgar a importância do nosso Marco de Fundação e de como estamos cuidando da nossa história.
Vamos evoluir, não usem o nosso Marco de Fundação como sanitário!
Amabarra
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