quarta-feira, 13 de setembro de 2017

O RIO VERMELHO NA UTI!

Bares fecham as portas no bairro e preocupação entre comerciantes é grande

O Botequim São Jorge, um dos mais badalos do bairro, fechou as portes na semana passada. Com uma mensagem divulgada nas redes sociais o proprietário agradeceu aos cliente, colaboradores e funcionários e comunicou o fim das atividades após nove anos de funcionamento. Dias antes o vizinho, Boteco Mariana, também havia fechado.

Além desses dois botecos também já haviam fechado as portas a Casa de Dinha, Padaria Bar, Piola, Twist, Bovary , Sotero , Entrecote, Kaos, entre outros menos badalados, gerando desemprego. A situação é motivo de preocupação por parte dos comerciantes do Rio Vermelho, o bairro mais boêmio da cidade. Os reflexos da crise econômica e frustração da expectativa que alguns alimentavam de melhores negócios com a requalificação do bairro vem desmotivado os comerciantes e muitos deles já começaram a fazer ajustes tentando reduzir as despesas e se adaptar à nova realidade, até porque, o grande numero de pessoas que passou a frequentar o bairro nos finais de semana, não se reflete em maior movimento nos bares e restaurantes mais tradicionais , ao contrário, alguns até se queixam de que a algazarra que se forma nos finais de semana e o grande número de ambulantes que se espalham em toda extensão da orla contribui para afastar a clientela. Apesar desse cenário, a maioria não desanima vislumbrando a proximidade do verão quando esperam que o mercado volte a aquecer.

Para o presidente da FeBHa – Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação, Silvio Pessoa, em momentos de crise, as primeiras despesas a serem cortadas são lazer e alimentação fora de casa. Lembrou que Salvador sempre teve um dos piores Pibs das capitais além de ser uma das que tem o maior número de desempregados. 

Segundo ele, os restaurantes tradicionais tiveram que baixar o couvert médio e se adaptar à nova realidade para sobreviver . "O Rio Vermelho sempre foi o bairro boêmio e agora que foi requalificado virou o bairro da moda para onde convergem todas as tribo, mas temos que ter um extremo cuidado para que este grande movimento não espante também os que gostam de um pouco de conforto. Os cuidados precisam ser permanentes," ponderou. 

Na avaliação de Silvio, a atual crise econômica que o país atravessa é que tem motivado o fechamento dos restaurantes que foram referência no bairro.

Bares fecham as portas no bairro e preocupação entre comerciantes é grande


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