Pecuarista acusado de investir R$ 1 milhão no tráfico vai cumprir prisão em condomínio de luxo
O pecuarista Milton Moro Rabesquine,
43 anos, acusado de investir R$ 1 milhão no tráfico de drogas, teve a prisão
preventiva convertida em domiciliar e vai ficar detido na casa localizada em um
condomínio de luxo. A decisão do juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara
Criminal de Campo Grande, foi publicada nesta quinta-feira (5) no Diário
Oficial da Justiça.
“A razão assiste ao embargante, desta maneira corrijo a decisão embargada e determino a Milton Moro Rabesquine“, pontuou o magistrado. “Assim, com base no artigo 318 do Código de Processo Penal e em conformidade com os princípios constitucionais, CONVERTO a prisão preventiva em PRISÃO DOMICILIAR, a ser cumprida no endereço… Residencial Damha II”, determinou Barbosa.
Alvo da Operação Traquetos, do Gaeco
(Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o pecuarista vai
ser obrigado a cumprir “as seguintes medidas cautelares: I) comparecer
mensalmente em juízo, para comprovar suas atividades e seu endereço e número de
celular atualizados; II) não se ausentar desta comarca sem prévia autorização
deste juízo; III) não se ausentar do país; IV) comparecer a todos os atos do
processo, quando devidamente intimado; V) recolhimento domiciliar obrigatório
por 24h por dia”.
“Fica autorizado sair por emergência
médica, consultas e procedimentos médicos, bem como para vir ao Fórum
pessoalmente a cada mês, sob pena de eventual restabelecimento de sua prisão.”,
afirmou o juiz.
Para o Gaeco, Rabesquine não se
envolvia diretamente na compra e venda de entorpecentes, mas ele atuava como
investidor. Ele teria aplicado R$ 1 milhão no tráfico porque a “atividade que
lhe remunerava com muito mais rentabilidade do que as aplicações financeiras de
mercado”.
“Na condição de financiador, Milton
Moro Rabesquine não tinha nenhum contato com a droga, mas como garantia de seu
investimento passou a reter veículos em sua residência, localizado em um
condomínio de alto padrão desta Capital”, diz o Gaeco. Ele também obteve notas
promissórias dos acusados de integrar a organização criminosa para garantir o
retorno do investimento.
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