quinta-feira, 18 de julho de 2024

ESCÂNDALO NA NESTLÉ!

 Nestlé admite que usou tratamentos proibidos em águas minerais


A lei francesa proíbe qualquer tratamento desinfetante de águas minerais, as quais devem ser seguras para beber quando saem de suas fontes.


As marcas de água mineral Perrier e Vittel estavam sendo tratadas com processos proibidos (banco de imagens)

A principal vendedora de água engarrafada do mundo, a Nestlé Waters, admitiu que usou tratamentos de “segurança alimentar” ilegais em seus produtos que desconsideram a lei francesa.

Confirmando uma reportagem do site de notícias Les Echos, a Nestlé disse que havia passado algumas marcas de água mineral, como a Perrier e Vittel, por luz ultravioleta e filtros de carbono ativo “para garantir segurança alimentar”.

A gigante dos alimentos disse que “perdeu a noção sobre a importância em se adaptar aos regulamentos”, mas enfatizou que todas as marcas envolvidas agora cumprem com as exigências francesas.

O grupo também reportou que alertou as autoridades francesas sobre o processo em 2021.ntretanto, a Nestlé não deixou claro imediatamente quando ela parou de tratar a água mineral vendida sob as marcas Perrier, Vittel, Hepar e Contrex.

A lei francesa proíbe qualquer tratamento desinfetante de águas minerais, as quais devem ser seguras para beber quando saem de suas fontes.

água de torneiraem contraste, é desinfetada antes de ser classificada por potável.

A Nestlé mantém que houve “mudanças no ambiente em torno de suas fontes, o que algumas vezes pode ser difícil manter estabilidade de características vitais” na água – designadamente a ausência de poluição e composição mineral.

De acordo com uma investigação conjunta realizada pelo jornal Le Monde e a Unidade de Investigação da Rádio França, o escândalo remonta ao ano de 2020, quando um funcionário da fábrica Sources Alma relatou o uso ilegal de tratamentos de água.

Uma investigação realizada pela Agência Nacional de Fraudes (DGCCRF) descobriu que a Nestlé Waters era uma das companhias que estavam usando tais práticas.

O governo francês foi informado na época, mas não realizou ações até 2021.

Ele pediu à Agência Regional de Saúde (ARS) que organizasse 32 inspeções e descobriu que um terço das marcas de água engarrafada não cumpriam com os regulamentos.

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