terça-feira, 1 de agosto de 2017

O ABANDONO DOS AZULEJOS NA BAHIA

No último mês diversos meios de comunicação noticiaram sobre o avançado estado de degradação dos azulejos da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, denunciando a omissão das autoridades competentes e responsáveis pela preservação deste patrimônio que, inclusive, é tombado pelo IPHAN como bem de relevância nacional.
http://www1.folha.uol.com.br/…/1898518-azulejos-historicos-…
http://defender.org.br/…/azulejos-historicos-se-esfarelam-…/
http://www.correio24horas.com.br/…/se-perdendo-no-tempo-a…/…
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Hoje a matéria que circulou no jornal O Correio trouxe a notícia sobre o restauro que foi autorizado pelo IPAC.
http://www.correio24horas.com.br/…/azulejos-historicos-qu…/…
Ao mesmo tempo, a iniciativa anunciada causa alívio e apreensão. 
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Alívio por ver que as denúncias que partem da sociedade são capazes de movimentar o poder público, fazendo-o exercer, efetivamente, sua função de zelar pelo patrimônio. Apreensão pelo conteúdo partilhado que informa:
"O investimento emergencial inicial do IPAC é de R$ 10 mil com recursos próprios e servirá como conservação inicial, necessitando depois que seja feita a restauração completa - que não tem valor determinado".
Bem, no entendimento dos especialistas, para este acervo, se as medidas emergenciais que são citadas não forem parte de UMA ETAPA PREVISTA DENTRO DE UM PROJETO DE RESTAURAÇÃO, JÁ ESTRUTURADO E APROVADO TÉCNICA E FINANCEIRAMENTE, será uma ação ineficaz que comprometerá definitivamente a materialidade deste bem que, dado ao já citado AVANÇADO ESTADO DE DEGRADAÇÃO, não tem condições de ser estabilizado por medidas provisórias de tratamento.
Talvez seja prudente que o IPAC verifique a situação dos azulejos do Claustro da Ordem Primeira que, em 2008 receberam um faceamento emergencial para conter os desprendimentos de vidrado e assim estão até hoje, QUASE 10 ANOS DEPOIS, sem que nenhuma intervenção de restauro tenha ocorrido para solucionar definitivamente o problema.
IMAGENS: Marina Silva/ Correio, edição de 31/07/2017 disponível em http://www.correio24horas.com.br/…/se-perdendo-no-tempo-a…/… . Acesso em 31/07/2017

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