Prefeitura estuda construção de novo Centro de Convenções em Salvador; saiba mais
Em uma entrevista coletiva realizada durante a inauguração da ligação viária entre os bairros da Boca do Rio e Imbuí nesta sexta-feira (5), o prefeito de Salvador Bruno Reis (União Brasil) anunciou que pretende construir um segundo Centro de Convenções na capital. Segundo o prefeito, a ideia é construir o espaço no Centro Histórico.
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“Nós estamos estudando a construção de um segundo Centro de Convenções no Centro Histórico. O Centro de Convenções de Salvador (CCS) é um verdadeiro sucesso, existe uma dificuldade de achar espaços para serem locados diante da quantidade de eventos que estão sendo realizados, inclusive eventos que estimulam muito o turismo de negócios em nossa cidade, em especial no período de baixa estação”, afirmou.
A movimentação turística potencializada pela disponibilidade do CCS para grandes eventos, disse Bruno, teve impactos importantes sobre a arrecadação do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, o ISS. “Fechamos o ano de 2023 com arrecadação de R$155 milhões em ISS. Valor superior ao ano de 2022 e são recursos que vão permitir a gente investir ainda mais na saúde, na educação, na área social”, finalizou.
*Por Antonio Dilson Neto; Fotos: Reprodução/CCS/Betto Jr./Secom PMS
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COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO.- Só para lembrar: em 2020 publiquei nas redes sociais este texto:
Um centro de convenções no centro histórico
Na década de 90 discordei do
espírito que liderou a restauração do centro histórico de Salvador. Continuo
discordando do aproveitamento leviano que ainda vitimiza este pedaço de cultura
e história, ora confundido com um banal Wet´n Wild, ora palco de folclorizaçoes
para turismo de massa. Não me conformo com as “baianas de receptivo”, suas
roupas e torços, verdadeira traição a elegância das vestimentas tradicionais.
Você conhece cariocas, sevilhanas ou cusquenhas de receptivo? Não me conformo
com um monte de erros de como se deve usar este bairro. Há uns dois anos mandei pela internet uma
sugestão de centro de convenções no Pelourinho. Receptividade excelente. De que
se trata? Simplesmente de mapear e usar as possibilidades - e são numerosas - para atrair um público
variado de profissionais oriundos de todas as partes do mundo. Temos salas de
reunião e auditórios suficientes, hotéis e pousadas para todos os bolsos,
restaurantes, bares, sorveterias e teatros para o laser. E mais: não será
preciso construir um monstrengo de ferro e concreto para abrigar seminários e
congressos. Por que concentrar todos os serviços no mesmo espaço? Em 1999, fui
convidado pela Unesco a um congresso sobre Turismo Cultural em Puebla, no México,
cidade tombada como patrimônio mundial. O centro de convenções fica a cinco
minutos a pé do Zócalo, coração da
cidade. Adaptaram, com desmedido talento, um conjunto de antigas usinas,
respeitando os edifícios originais e até as ruínas, levando os participantes a
andar de uma sala a outra por jardins, áreas descobertas e velhos depósitos.
Passeios para ninguém criticar ou achar penoso. Muito pelo contrário, todos apreciam
o aproveitamento da memória material e cultural da região. Para mudar o perfil do
mal-uso de nosso centro histórico, basta fazer um levantamento exaustivo de
suas possibilidades. Senac, Teixeira Leal, Faculdade de Medicina, Ipac,
igrejas... E assim poderia também se programar a reabilitação dos cinemas
Excelsior, Jandaia e Pax, espaços ideais para grandes audiências e exposições.
Não, instrumentos de trabalho e bons operários não faltam. O que falta são bons
empreiteiros.
Dimitri Ganzelevitch Salvador, 29 de março
de 2010.
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