sexta-feira, 14 de maio de 2021

PUBLICANDO MEU LIVRO!

 NA HORA EM QUE TANTOS SE APROPRIAM DE IDEIAS ALHEIAS ...



Alegria café quentinho!

Nesta próxima sexta-feira, 21 de maio, estarei a festejar o quadragésimo sexto aniversário de minha chegada à Bahia. Se afirmar ser mais baiano que aqueles que nasceram depois de minha chegada, espero que o leitor concorde. Desde minha residência no então muito mal afamado centro histórico, não demorei em apresentar um projeto ao prefeito da época. Dizem que ele gostou. Colocou numa gaveta e não se falou mais no assunto.

Nem por isso desanimei. Não cabe aqui listar exaustivamente as empreitadas. Sim, levei o Zambiapunga de Nilo Peçanha ao Festival dos Ritmos do Mundo em Rabat, a arte brasileira em Paris e Mônaco, a peça de teatro “Dendê e Dengo” de Aninha Franco a Casablanca, inventei a decoração da rua Direita de Santo Antônio para o desfile do 2 de julho etc. E tudo isso sem ganhar um centavo! Mas a iniciativa dos concursos de carros de cafezinho durante mais de vinte anos foi sem dúvida a que mais repercutiu na opinião pública. Foi também a que mais encontrou respaldo na imprensa. Não somente jornais e canais de televisão nacionais – foi estrela do Fantástico - como internacionais. O evento correu o mundo do Uruguai ao Japão!

Nestes quarenta e seis anos, tropecei várias vezes. Sempre levantei, muitas vezes com o apoio de ombros solidários. Durante a caminhada, fiz e perdi amigos. De Eva Adler e Miguel Huertas a Consuelo Novais e José Carlos Teixeira Gomes, não caberia neste espaço os nomes de todos aqueles a quem devo, com respeito e afeto, tirar o chapéu.

Mas também tenho os outros, bem vivos e alegres, que são como janelas ensolaradas. Uma em especial é a Maria-Helena Pereira da Silva, arquiteta e programadora visual, que vive entre Salvador, São Paulo e o Rio de Janeiro. Dona de CV invejável, é a grande responsável pela concretização de meu velho sonho de publicar o livro/documentário Alegria Café Quentinho sobre os “meus” carrinhos de café. São 120 fotos em 136 páginas com textos em português e inglês assinados pelo pesquisador em cultura Paulo Miguez, o museólogo Eduardo Froes e o cordelista Franklin Maxado. E uma apresentação minha, como não podia deixar de ser.

Mas já vou avisando: não é um livro de fotos artísticas. Algumas podem ser até deficientes, mas todas são importantes ilustrações de uma expressão de cultura popular urbana específica de Salvador. Nestes tempos de insana política sanitária, o lançamento será virtual e boa parte da edição oferecida aos ambulantes de cafezinho.

 

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia - Funceb (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. 

                                                                               Dimitri Ganzelevitch                                                       A Tarde, sábado 16 de maio de 2021

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