domingo, 25 de julho de 2021

MAIS SOBRE A PEDRA PORTUGUESA

 Calçada portuguesa inscrita no Inventário de Património Cultural Imaterial

O objetivo final será apresentar uma candidatura à UNESCO da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, à semelhança daquilo que sucedeu com o fado.


A “arte e saber-fazer da calçada portuguesa” foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, quatro meses depois da abertura do processo, segundo anúncio publicado esta quinta-feira em Diário da República.

Sob proposta da Associação da Calçada Portuguesa, o processo de inventariação foi aberto no dia 9 de março deste ano. Dez dias depois, foi apresentada, em Lisboa, a candidatura da inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, transmitida online, pelo secretário-geral da Associação da Calçada Portuguesa, António Prôa, que começou por identificar as ameaças e as oportunidades com que a calçada portuguesa se depara.

A diminuição de mestres calceteiros, a falta de manutenção e a má construção, a forte concorrência de outro tipo de pavimentos e o declínio das indústrias extrativa e de transformação da pedra foram as principais ameaças identificadas. A título de exemplo, António Prôa referiu que em 1927 existiam na cidade de Lisboa 400 calceteiros, enquanto em 2020 esse número era de apenas 18, sendo que só estavam 11 no ativo. O fraco reconhecimento social e remuneratório da profissão foi a principal justificação para esta diminuição.


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