CARLOS PAIVA
Um rápido apanhado sobre o orçamento de algumas capitais é revelador de como cada cidade trata a cultura.
Na foto abaixo (e no link) o orçamento para a cultura que consta no orçamento aprovado para cada cidade: Salvador, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.
Chama a atenção, como é notório por quem acompanha o assunto, que RECIFE se mantém como um dos maiores orçamentos dedicados à cultura, com média de 1,74% nos últimos anos, com oscilações mas relativamente estável.
RIO DE JANEIRO e BELO HORIZONTE tem tido o peso geral da cultura diminuído desde 2013, sinal de que os atuais prefeitos não reforçaram a área da cultura como fizeram com outras áreas (tomando como base os percentuais). Ambas estavam com 1% recomendado pela UNESCO em 2013 a agora estão próximas a 0,8%, perdendo 1/5 de capacidade de investimento.
SÃO PAULO possui crescimento visível, saindo de 0,75% m 2012 para 1,15% em 2015. Em termos absolutos, mais que dobrou o orçamento. O viés mostra a visão sobre a importância da cultura no modelo de desenvolvimento da cidade.
SALVADOR, apesar do aumento (0,10% para 0,28%) ainda é vergonhoso o que se investe em cultura. É inconcebível que uma cidade tão rica culturalmente, sob qualquer ângulo (patrimônio, cultura popular, artes, indústria cultural etc.) tenha investimentos tão baixos. É 1/4 da penúltima colocada. Lamentável.
Para os que se interessam por cultura, que consideram parte importante do desenvolvimento humano e da qualificação de nossas cidades, um dado a considerar no voto para prefeito.
Dados detalhados neste link:
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