quarta-feira, 28 de setembro de 2016

PALOCCI FOI PRESO

Ex-ministro Antonio Palocci é preso em nova fase da Operação Lava Jato

Antonio Palocci deixa a sede da Policia Federal em São Paulo com destino a Curitiba
  • Antonio Palocci deixa a sede da Policia Federal em São Paulo com destino a Curitiba
O ex-ministro Antonio Palocci (PT) foi preso em São Paulo nesta segunda-feira (26) durante a 35ª fase da Operação Lava Jato, batizada de "Omertà". Segundo a Polícia Federal (PF), ele "atuou de forma direta para propiciar vantagens" para a empreiteira Odebrecht quando estava no governo federal, recebendo propina por isso. A força-tarefa também investiga a compra de um terreno que seria destinado ao Instituto Lula.
Palocci foi ministro da Fazenda (2003-2006) do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da Casa Civil (2011) do governo Dilma Rousseff. Em 2010, quando a petista se elegeu pela primeira vez presidente, ele foi o coordenador de campanha.
A prisão de Palocci é temporária e tem duração inicial de cinco dias. Ele será levado para Curitiba, onde estão concentradas as investigações da Lava Jato. Dois ex-assessores de Palocci também foram presos (Juscelino Dourado e Branislav Kontic).
De acordo com a PF, o ex-ministro e "personagens de seu grupo político" foram beneficiados com vultosos valores ilícitos. "A atuação de Palocci se deu inclusive no período em que exerceu relevantes funções públicas, envolvendo constante interlocução e diversos encontros", declarou o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR).
Palocci foi ministro de Lula e de Dilma
Para a PF, foram identificadas negociações quando Palocci era ministro que acabaram por beneficiar a empreiteira. "Foi possível delinear as tratativas entre o Grupo Odebrecht e o ex-ministro para a tentativa de aprovação do projeto de lei de conversão da MP 460/2009 (que resultaria em imensos benefícios fiscais), aumento da linha de crédito junto ao BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] para país africano [Angola] --com a qual a empresa tinha relações comerciais--, além de interferência no procedimento licitatório da Petrobras para aquisição de 21 navios sonda para exploração da camada pré-sal."
Segundo o MPF-PR, análise detalhada de e-mails e anotações registradas em celulares apreendidos em outras fases da Lava Jato comprovam a atuação de Palocci no esquema.
Os investigadores alegam que e-mails e anotações indicam que os acertos de pagamentos das propinas eram tratados em reuniões com a presença de Palocci realizadas por diversas vezes nos endereços residencial e profissional do ex-ministro.
O criminalista José Roberto Batochio, advogado de Palocci, negou que seu cliente tenha recebido e acusou a força-tarefa da Lava Jato de "arbitrariedade" e "autoritarismo". Para Batochio, que também representa o ex-ministro Guido Mantega, a ação da Polícia Federal contra seu cliente corresponde ao "melhor estilo da ditadura militar". Procurada pelo UOL, a Odebrecht disse que não iria se manifestar.

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
Quando o Palocci comprou "aquele" luxuoso apartamento nos Jardins, em 2010 (?) lembro perfeitamente de minha reação: Como alguém tão envolvido com o Partido dos Trabalhadores, com o MST, com a CUT, com os Sem Teto, um guerreiro das classes oprimidas, iria se sentir ao entrar no mesmo elevador que seus vizinhos capitalistas fundamentalistas, opressores do povo, inimigos do socialismo etc? Algo estava errado. Hoje, tive a resposta ao meu antigo questionamento.


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