sexta-feira, 16 de setembro de 2016

MAIS UM SINAL

FRED BURGOS
( do facebook)


Mais um sinal. Mais um flanelinha. Já tinha dado trocado a dois. E o pior é que o cara não atendeu meu sinal de NÃO. Jogou a água e começou a esfregar o lado espumoso do rodo.

Canal mau humor ligado imediatamente, o sujeito, do outro lado do parabrisa ensaboado, olha pra minha cara e diz: “Abra esse coração. Você não é tão duro assim!”

Né que o filha duma égua me desarmou! Abri o sorriso de cá e ele abriu o dele de lá. Baixei a janela e lhe dei um R$ 1 e disse, com o mau humor residual: “Essa estratégia não me pega uma segunda vez”.

Ele, por seu lado, não se desarmou: “Deixe disse. Você não é tão duro assim”, e imediatamente percebendo o risco do segundo significado potencial da frase, completou “no mau sentido”.

Soltei uma gargalhada. Ele se animou, saiu meio malandro “se bulino” e finalizou com essa: “Depois passe aqui para eu lhe apresentar minha sogra.”

Tem horas que essa obsessão soteropolitana por intimidade é muito massa.

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