terça-feira, 27 de setembro de 2016

SIM, O IPHAN EXISTE!

Resultado de imagem para FOTOS DE RIOS TEMPORÁRIOS DO DESERTOMas, na Bahia, é um pouco como os rios temporais do deserto, que só de vez em quando e por poucas distâncias, reaparecem, podendo então causar graves estragos. Por exemplo, quem ousa comprar um imóvel no bairro de Santo Antônio, mesmo respeitando fachada e altura originais, deverá enfrentar a burocracia e a má vontade deste órgão se quiser modificar os fundos para adaptar a casa ás novas exigências da vida moderna, sob o surreal pretexto que visto do porto, a fachada traseira do centro histórico não será conforme etc.... 

Mas construir agressivos puxadinhos no alto do imóvel, ou até imóveis inteiros de vários andares de uma feiura constrangedora sem o mínimo alvará, há! Isso pode! O autor receberá – se receber – uma ou duas cartas de conteúdo jurídico e poderá continuar a obra sem receio. Já advirto: não adianta me ameaçar de processo em difamação, como já tentou este órgão, porque tenho uma enciclopédia de provas sobre a total e criminosa omissão deste e de outros escritórios de inutilidade comprovada. Aliás, proponho organizar passeios (grátis) do centro histórico a pequenos grupos que estejam interessados em comprovar que o rei está nu. 


Querem mais? Quando um restaurante tem a louca pretensão de colocar placas de energia solar no terraço de seu estabelecimento, totalmente escondido da visão do visitante, a resposta é negativa, talvez porque, visto desde um avião, conforme a incidência do sol, poderá haver um reflexo denunciando as placas... Seria risível se não fosse tão imbecil! Na hora em que estamos racionalizando a eletricidade e a água, desengatar argumentos deste gabarito demostra claramente que nossos governantes não dão um testão furado por um patrimônio da humanidade. 

Na realidade o IPHAN sofre de esclerose múltipla. Estrutura obsoleta e cargos descaradamente políticos.
O resultado é a irremediável decadência do centro histórico. Na Bahia não temos nem política de Cultura, nem política de Turismo.
Só band-aid.


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