domingo, 30 de julho de 2017

ADMINISTRAR UMA ECONOMIA EM CRISE


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A dificuldade de se administrar uma economia em crise num país ignorante, desconfiado e sofrido é surreal.
A decretação de mais impostos para aumentar a arrecadação via preços da gasolina foi a gota d'água para que mesmo um pequeno grupo de pessoas bem informadas da sociedade brasileira, saísse de porrete na mão para descer o cacete na decisão tomada pela área econômica.
Como bem definiu a equipe de Economia da Rosenberg: uma impopularidade necessária!
Primeiro de tudo, seria justo que os críticos da decisão fizessem a justiça de citar quem é o responsável pelo rombo incontrolável na economia do país: Dilma, Mantega, Lula e a ideologia do PT no governo.
Em segundo, lembrar aos que enfiam o dedo na cara do equipe econômica acusando-a de mentirosa por agora aumentar os impostos, que os motivos disso só ter sido feito agora, tem a ver com decisões recentes tomadas pelo Congresso, tais como: 1) a derrota do Programa da Regularização Tributária, que a base política quis tornar um verdadeiro show de benefícios para quem devia e a equipe econômica bravamente rejeitou! Perdemos 8 bilhões de receita; 2) em Março de 2017 edita-se uma MP para acabar com tenebrosa desoneração da folha de pagamento criada por Dilma. O Congresso derrota o Governo, reduz o resultado e joga a validade só para 2018. Perdemos algo como 20 bilhões de receita; 3) a equipe econômica decide contabilizar corretamente os subsídios dados ao financiamentos do FIES, mágica criativa petista para esconder o valor real do programa. Isso gerou um aumento de despesa de 6 bilhões.
Esses são alguns pontos específicos e reais do que mudou no quadro. Mas devem ser acrescentado a bomba da relação da JBS e da enorme irresponsabilidade e escrotidão do Temer no caso. Deve ser acrescentado a não aprovação da reforma da Previdência. Gerando um clima de instabilidade inesperado a partir do meio do ano.
Como aumentam impostos e não cortam despesas??? Fácil né? Não há nenhum corte de despesa mais significativo, generalizado e profundo feito nas despesas do Governo do Brasil nos últimos 50 anos. Todas as áreas estão sofrendo. Aí os que reclamam que não houve cortes, vêm para as redes sociais e criticam que faltam passaportes! Acham justo aumentar os procuradores em 16%. Pensam que cortar despesas da Justiça é para acabar a Lava Jato. Cortar despesa é assim.
Resumindo: uma histeria desenfreada. A decisão por aumentar os preços da gasolina foi correta e necessária. Se alguém tem alguma dúvida, é só lembrar o que aconteceu com a gestão de Joaquim Levy, agora em 2015, quando as decisões de Dilma e dos políticos frustaram o atendimento das metas fiscais. Gerou um desastroso impacto na economia e política do país, que resultou no impeachment do poste de Lula.
A situação é o equivalente a uma família que diante da crise decide que vai cortar tudo, menos o Seguro Saúde. Até que começa a faltar comida. Aí deixa de pagar a saúde e reza para não ficar doente.

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