domingo, 24 de março de 2024

O CINDY SHERMAN DO SÉCULO XVIII

 Joseph, Barão de Ducreux (Nancy26 de junho de 1735 — entrada de Paris a Saint-Denis24 de julho de 1802) foi um retratistapastelistaminiaturista e gravador francês, que foi um bem-sucedido retratista da corte de Luís XVI de França.


Ducreux se especializou na pintura de retratos e seus primeiros trabalhos eram feitos em pastel e incluem aqueles feitos dos connoisseurs Pierre-Jean Mariette, o Conde de Caylus e Ange-Laurent de la Live de July. 


Estes trabalhos podem ter sido copiados depois de De la Tour. A partir de 1760, Ducreux manteve uma lista de seus trabalhos, mas ao longo de sua vida, ele raramente assinava suas pinturas. Portanto, muitos de seus trabalhos continuam erroneamente atribuídos a outros artistas.


Outros retratos feitos por Ducreux incluem aqueles de Pierre Choderlos de Laclos e Maria Teresa da Áustria, assim como os citados acima de Luís XVI e Maria Antonieta. 

Ducreux fez também auto-retratos bem conhecidos nos anos 1780 e 1790, incluindo um (hoje na coleção do Getty Center em Los Angeles; c. 1783) no qual ele pintou a si mesmo no meio de um grande bocejo


 Em outro, Portrait de l'artiste sous les traits d'un moqueur (c. 1793, Louvre), o artista ri e aponta para o espectador.

Como se evidencia por estes auto-retratos, Ducreux tentou se libertar das restrições da pintura de retratos tradicional. Interessado em fisiognomia, a crença de que o estudo e julgamento da aparência de uma pessoa (principalmente a face) reflete seu caráter ou personalidade, ele tentou capturar a personalidade das pessoas às quais pintava, assim como a sua própria, através de suas obras quentes e individualistas. 



Le Discret (ca. 1790), por exemplo, é um retrato de um homem pedindo silêncio. Sua expressão é temerosa, seu dedo está pressionado contra sua boca em sinal de que ele silenciosamente pede discrição ou prudência.


Alguns destes retratos têm uma caraterística notável: são dos raríssimos exemplos onde se pode ver a dentição do retratado, já que na esmagadora maioria dos retratos, a boca, sorridente ou não, está sempre fechada,: raros eram aqueles que possuíam uma dentição em estado razoável.

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