quinta-feira, 21 de março de 2024

TRÁFICO DE INFLUENÇA



A BOMBA!

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Ambientalistas se movimentam para impedir e questionar construção de píer em área nobre de Salvador

Domingos Júnior / BNews
A área foi desafetada pela prefeitura  |  Domingos Júnior / BNews

Publicado em 21/03/2024, às 09h12 - Atualizado às 09h15   Domingos Júnior / BNews   Redação

Um grupo de ambientalistas está se movimentando para impedir e questionar a construção de um píer nas proximidades do condomínio Mansão Carlos Costa Pinto, no Corredor da Vitória, em Salvador. A informação foi obtida pela reportagem. A construção com valor de R$ 15 milhões será feita em uma encosta de Mata Atlântica, Àrea de Proteção Ambiental (APA), avançando na Baía de Todos-os-Santos.

A área foi desafetada pela prefeitura, mas uma decisão suspendeu o leilão do local, impossibilitando a venda. O leilão convocado pelo Edital Sefaz nº 01/2024 tinha lance mínimo de R$ 10,9 milhões, se futuramente for realizado, seria destinada a particulares área verde não edificável que está sob a tutela da prefeitura desde 1998.

O assunto ganhou maior repercussão porque no endereço da construção do píer reside a empresária cultural Flora Gil, esposa do cantor e compositor Gilberto Gil. Nas redes sociais, a empresária se manifestou contra o projeto aprovado pela Câmara Municipal que autoriza a desafetação de terrenos. Ela adotou um discurso de defesa do meio ambiente "pedindo a Deus e à prefeitura que conserve a Mata Atlântica da cidade de Salvador".  

Gil fez críticas à especulação imobiliária em Salvador.

Nesta semana, o vereador Duda Sanches (União Brasil), da base do prefeito Bruno Reis (União Brasil), insinuou que Gil e Flora advogam em causa própria: “Se for pra falar besteira aqui na Bahia, pegue seu ‘expresso 2222’, com todo amor que tem por Salvador, e vá fazer política em outro lugar”.

Na semana passada, o prefeito comentou a decisão judicial que suspendeu o leilão da Prefeitura de Salvador de terreno localizado na região do Corredor da Vitória. A liminar foi concedida após ação civil pública (ACP) ajuizada pela Procuradoria Jurídica do Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia, através do procurador jurídico Fernando Valadares. A liminar foi assinada pelo juiz federal Marcel Peres, da Sexta Vara Federal da Seção Judiciária do Estado da Bahia.

A Mansão Costa Pinto doou um terreiro para a prefeitura para não pagar IPTU, se vocês querem saber a verdade. Agora, a prefeitura desafeta esse terreno, vai vender o potencial construtivo, continuar como área de proteção ambiental, não vai ter um paralepípado, uma pá de cimento, um bloco, uma área que vai continuar intacta, preservada ambientalmente, uma área que vocês nunca pisaram lá, nem eu, nem você, não vamos pisar, porque é uma pirambeira e só chega lá quem tem grandes barcos e mora no píer e tem píer”, explicou o gestor.  

O prefeito lamentou a decisão do poder Judiciário e afirmou que a prefeitura vai recorrer da decisão. “Há muita fake news em relação à proteção ambiental, estou assegurando. Deixar claro que é não edificável, mas quem não quer perder a vista lateral, a privacidade da sua piscina.. Aí, gente, eu estou errado? A alegação da justiça é que precisa ter certeza se vai, não vai poder construir mesmo, se o leilão ao invés de ser presencial não faz eletrônico, questionamentos que são transponíveis, pontos que nós vamos esclarecer, vamos recorrer e esperamos, olha que tem um TAC com o Ministério Público e Estadual, a gente nem sabe se a Justiça Federal tem competência para processar e julgar matérias inerentes a essa, então vamos com naturalidade, com tranquilidade, com a segurança”, argumentou o prefeito.

 

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