sábado, 19 de janeiro de 2019

A MÃOZINHA DIVINA DE SAMUEL JUNIOR

Bahia Notícias


Terça, 06 de Março de 2018 - 00:00


Samuel Júnior foi pressionado por líder religioso a assinar CPI da Fonte Nova



Samuel Júnior foi pressionado por líder religioso a assinar CPI da Fonte Nova

Uma mãozinha divina levou o deputado estadual Samuel Júnior (PSC) a sair do muro e assinar o requerimento da oposição para abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Fonte Nova (veja aqui). O Bahia Notícias apurou que a articulação para que o parlamentar colocasse sua rubrica no pedido ultrapassou os muros da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e o âmbito político e chegou ao campo religioso. Segundo informações obtidas pela reportagem nos bastidores da oposição, o prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo (DEM), entrou em contato com o pastor Valdomiro Pereira da Silva, presidente da Convenção Estadual das Assembleias de Deus, e pediu que ele intercedesse na questão. Evangélico, Samuel faz parte desta denominação religiosa e tem em Valdomiro, além de líder religioso, um conselheiro político com poder decisório sobre as ações do seu mandato. Em outras ocasiões, quando também se negou a assinar requerimentos de CPI produzidos pela bancada, Samuel usou a justificativa de que ouviria a opinião de Valdomiro para saber como procederia. De acordo com relatos ouvidos pelo BN, o parlamentar chegou à sala da liderança da oposição de maneira diferente da qual estava acostumado. Após as pressões, apareceu no local sorridente e comunicativo, ao contrário do costumeiro jeito mais sério e lacônico. E a decisão de assinar o requerimento já havia sido comunicada ao bloco. Além disso, Samuel foi pego pela boca. Prometeu aos colegas que assinaria a CPI. Achou que a iniciativa de recolher as assinaturas poderia não vingar. Quando o pedido já tinha 20 signatários, o deputado tentou recuar. Mas não podia. Havia apalavrado e estava sendo cobrado por isso. Com isso, o líder da oposição, Luciano Ribeiro (DEM), jogou o caso para a plateia. Deixou claro publicamente que Samuel havia feito o acordo de assinar. Se ele declinasse, estaria faltando com a palavra. E, assim, o tiro do deputado do pessoal da igreja saiu pela culatra. O Bahia Notícias tentou localizar o parlamentar para comentar o assunto, mas não obteve êxito.

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