Professora de Teatro denuncia agressão de aluno na Ufba
O caso ocorreu no sábado (1), quando o grupo Dandara Gusmão tentou impedir a encenação da peça "As Tetas da Loba", que considera racista
Por James Martins
A professora da Escola de Teatro da Ufba, Deolinda França, usou seu perfil no Facebook para denunciar que sofreu agressão por parte de um grupo de alunos da instituição. O caso aconteceu na noite do último sábado (1), quando era encenada a peça "Sob as Tetas da Loba", dirigida pelo professor Paulo Cunha.
Segundo relatos e imagens publicados na rede social, um grupo denominado Dandara Gusmão invadiu a sala do Teatro Martin Gonçalves e tentou impedir a encenação. Eles alegam que o texto, de autoria de Jorge Andrade (1922-1984) é racista.
"Vivi na tarde/noite de ontem uma das piores situações da minha vida: fui agredida verbalmente e fisicamente! E o mais grave fui agredida não por um bandido nas ruas da cidade, mas por um aluno da Escola de Teatro da UFBA, local onde trabalho! Passei a integrar as estatísticas de professores agredidos por alunos dentro do seu local de trabalho!", relata Deolinda.
E continua: "Essa organização 'guerrilheira' está há dois anos tocando o terror na Escola de Teatro da UFBA, um ovo da serpente sendo chocado com o aval de alguns alunos e a complacência de alguns professores e o medo de outros, pois sendo os membros da organização negros, todos temem serem acusados de racismo, crime inafiançável!".
No vídeo publicado, o aluno Dêivid Gonçalves, membro do grupo, aparece proferindo as seguintes palavras: "Quem colocou esse chão aqui, que todo mundo tá pisando, não foi nenhum branco, não foi nenhuma branca, foi os braços de irmãos pretos e pretas que fizeram isso (...)".
Em seguida, ele aponta a professora como exemplo racista. "Preste atenção nessa professora, por exemplo, Deolinda, a mulher da França, que sempre traz a vergonha pra gente...", diz. E o vídeo é interrompido, pois o aluno-militante retira o celular das mãos da professora.
"Estava filmando com o meu celular as manifestações agressivas do grupo, quando Deivid, líder da organização guerrilheira e fascista, quando ele me usa como exemplo do que deve ser combatido na Escola! Vem agressivamente na minha direção e arranca meu celular da minha mão com violência, atingindo com seu braço meu rosto, parti para cima dele na tentativa de me defender e recuperar meu telefone, consegui recuperar meu telefone mas sai com os braços marcados pela violência da criatura!", descreve ela.
No relato, a professora diz ainda que se dirigiu à Delegacia dos Barris, mas não pode prestar queixa "por ter sido agredida dentro do espaço da Universidade Federal da Bahia e meu BO deverá ser feito hoje na Polícia Federal!".
EU NASCI NO BRASIL, SOU BAIANO, NATURAL DE FEIRA DE SANTA, MEU PAI BRASILEIRO, MINHA MÃE BRASILEIRA, MEUS AVOS BRASILEIROS, LOGO, SOU BRASILEIRO. QUE QUISER SER NEGRO VÁ PARA O CONTINENTE AFRICANO, LÁ AS ETNIAS, DEVORAM-SE MUTUAMENTE. E QUEM QUISER SER BRANCO VÁ PARA A EUROPA ODE O NAZISMO COMEÇAM REAPARECE....
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