domingo, 23 de junho de 2019

ESTES MUÇULMANOS...

CONHEÇA OS MUÇULMANOS QUE SALVARAM OS JUDEUS DA PERSEGUIÇÃO NAZISTA

Muitas dessas histórias foram deixadas de lado. No entanto, durante o nazismo, membros do Islã colaboraram com a fuga de seus irmãos semitas
ANDRÉ NOGUEIRA PUBLICADO EM 18/06/2019, 

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Na maioria das vezes, quando é falado sobre a relação entre judeus e muçulmanos, logo vem ao imaginário cenários de guerra, conflito e discriminação. Entretanto, histórias menos conhecidas, e mais fortes, revelam muçulmanos que arriscaram suas vidas para resgatar judeus da perseguição generalizada ocorrida na Alemanha.
Um exemplo é Khaled Abdul Wahab, que ficou conhecido como Schindler Árabe após proteger e esconder quase 30 judeus fugidos da Europa na Tunísia. Ou, também, Abdol Hossein Sardari, o Schindler Persa, um diplomata iraniano que comandava o consulado da cidade de Paris durante a ocupação.
Khaled Abdul Wahab / Crédito: Wikimedia commons

Ele é creditado por ter ajudado milhares de judeus através da emissão de passaportes para escapar das tropas arianas. Vale ressaltar a posição privilegiada em que Sardari se permitiu arriscar a vida pelos perseguidos: para Hitler, as leis de Nuremberg não valiam para um persa (iraniano), pois foi entre eles que teria surgido a linhagem ariana. Sardari, que tinha como manter sua vida sem arrumar problemas com as autoridades alemãs, decidiu burlar um sistema genocida.
Um importante grupo relacionado com a ajuda aos perseguidos da Europa foi a família Pilkus, muçulmanos da Albânia que abrigaram a judia Johanna Neumann, e sua mãe,  durante a ocupação do país pela Alemanha de Hitler. Durante as vistorias, os Pilkus convenceram diversos soldados e investigadores que as duas eram familiares que vinham da Alemanha para uma visita.
Sardari em comitiva francesa / Crédito: Reprodução

Essas histórias ficaram marcadas entre a comunidade judaica que sobreviveu ao Holocausto. Se por muito tempo foi reafirmada a ideia de que muçulmanos e judeus são inimigos eminentes, esses casos provam a existência de seguidores de Corão que fizeram mais por seus irmãos da Cabala do que muitas nações europeias que aceitaram a dominação do Reich. Isso porque, em termos etnoculturais, muitos muçulmanos eram árabes, linhagem semítica assim como os hebreus.

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