sexta-feira, 12 de junho de 2020

MARCELO O FRANCISCANO

 O Presidente sem casa nem carro próprio



Mora em Cascais, mas é inquilino; conduz, mas a viatura é em leasing. Não é um acaso, é uma opção consciente. Não tem nenhum terreno em seu nome e ficou até mais pobre desde que chegou a Belém. Mas dá, oferece e nem se importa de gastar. A particular relação com o dinheiro com um católico que foge de acumular bens materiais
Ele é muito melhor do que eu. Para ele o dinheiro é um instrumento, não é um fim em si mesmo. Nunca teve intenção de acumular dinheiro ou património. Preferiu gastar, para se cultivar ou para ajudar os outros. Tem esse tipo de sacerdócio", explica o irmão do Presidente da República, António Rebelo de Sousa.
Que até tem um acordo com o irmão, para não andar a falar dele, mas que abriu uma pequena exceção apenas para confirmar uma característica que lhe admira e que quem conhece de perto Marcelo constata no dia a dia: o Presidente da República dá (não é forreta) e gasta (tem prazeres que não dispensa), mas não acumula. Faz questão de não ter património. Não é apenas uma idiossincrasia pessoal, ou uma questão de feitio: é uma opção de vida, talvez espiritual, ou uma "missão", como diz ainda o irmão. Que tem consequências práticas. Ganhou dinheiro como professor catedrático, jurista (fez muitos pareceres) e comentador de grande sucesso, mas, se comparado, por exemplo, com os anteriores ocupantes do cargo, é bem menos abonado.

Aos 71 anos, não tem uma casa em seu nome, nenhum terreno, por pequeno que seja, dez metros de terra, nada. Nem carro. E o dinheiro no banco não chega aos 200 mil euros. A casa onde vive em Cascais é arrendada desde 1975, nunca pensou aliás comprar uma para si, e o carro que usa é em leasing. Usa, mas não possui.

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