segunda-feira, 12 de setembro de 2022

PURE SANGUE LUSITANO

 

Puro Sangue Lusitano: um dos cavalos mais bonitos do mundo

O Puro Sangue Lusitano é um dos cavalos de sela mais antigos do mundo


Também chamado de Puro Sangue Lusitano, esta é uma raça que advém do cavalo ibérico, mantendo as suas caraterísticas ao longo dos séculos. São considerados os cavalos de sela mais antigos do mundo, sendo montados há mais de 5.000 anos. Não é de admirar, por isso, que o cavalo Lusitano tenha uma história fascinante e seja presença assídua em diversas lendas.

Estes cavalos foram domesticados cedo, o que em muito contribuiu para a sua docilidade, elegância, beleza e nobreza. Apesar de não terem a mesma grandeza e força que outras raças, os seus atributos não são inferiores, sendo um cavalo perfeito tanto para iniciantes no mundo da equitação como para cavaleiros mais experientes.

Descendente do cavalo ibérico, o cavalo Lusitano terá marcado presença em todos os continentes ao longo da história. Estes cavalos terão mesmo estado na China, no tempo do seu 1º imperador.

Puro Sangue Lusitano
Puro Sangue Lusitano “Profano Interagro” (Créditos foto: TUPA)

Portanto, são animais que nos encantam desde a antiguidade, estando associados a lendas, como a que dizia que as éguas desta raça eram tão férteis que engravidavam com o vento, sendo daí que vinha a velocidade destes animais. Diz-se também que a lenda grega do Centauro vem do cavalo ibérico original, em que homem e cavalo se fundiram num só ser. 

O que é certo é que o cavalo Lusitano tem uma importância genética de relevo. O antepassado de todos os cavalos é o cavalo Ibérico, animal que detinha caraterísticas que hoje não estão presentes em muitos animais, porque foram sendo selecionados geneticamente ao longo do tempo para se criarem raças com maior capacidade de tração e força, criando assim novas raças, incluindo a do cavalo Lusitano. Neste processo, os criadores tiveram um papel fundamental.

Infelizmente, esta procura por animais mais fortes levou a que o cavalo Lusitano quase desaparecesse enquanto raça, pois começaram a fazer-se diversas misturas de sangues, concedendo um maior peso, dimensão e força aos animais daí resultantes.

Felizmente, os criadores nacionais fizeram um esforço conjunto e conseguiram manter a pureza desta raça, e, por causa disso, hoje podemos apreciar as caraterísticas mais próprias destes animais.

Puro Sangue Lusitano
Puro Sangue Lusitano “Átila Interagro” (Créditos foto: TUPA)

Por exemplo, o Puro Sangue Lusitano não é tão colossal como outras raças, tendo formas mais arredondadas e pesando uma média de 500 kg. Os machos atingem os 1,60 m de altura, e as fêmeas os 1,55 metros de altura.

Estes animais são rápidos, fáceis de montar e com um temperamento generoso, dócil e suave. As pelagens ruça e castanha, em todos os seus tons, são as mais comuns nestes animais, apesar de poderem apresentar qualquer cor.

Tal como outros animais, foi usado durante séculos para os trabalhos do campo, para batalhas e para exibições. Hoje, é mais usado para estas últimas, assim como para cavalo de passeio.

Está provado que andar a cavalo diminui o stress, nos ajuda a manter a massa óssea e estimula o lado criativo do cérebro. Portanto, não é de admirar que o cavalo lusitano, com o seu temperamento fácil, seja muito usado para essa atividade tão benéfica.

Mas o Puro Sangue Lusitano não é a única raça de cavalos com origem em Portugal. Outro raça de grande beleza é o Alter Real. Esta estirpe do cavalo lusitano foi inicialmente desenvolvida na coudelaria Alter-Real, em Alter do Chão, no Alentejo. A raça teve origem em inícios do século XVIII, quando trezentas éguas andaluzas foram trazidas de Jerez, em Espanha, para a Corte portuguesa.

Também o Sorraia é outra das raças com origens portuguesas. Esta raça, única no mundo, foi redescoberta em 1920 por Ruy d’Andrade. Os seus indícios remetem para a zona de confluência entre as ribeiras de Sor e da Raia (de onde vem o nome da raça), onde haveria uma extensa população destes animais, muito populares para trabalhos no campo.

E, por último, o Garrano. Devido ao seu tamanho menor que um cavalo comum, é considerado um pónei. Em tempos, habitou todo o Norte de Portugal, mas hoje encontra-se em estado semi selvagem em zonas da serra do Gerês, serra do Soajo, serra da Arga e serra da Cabreira.

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