Checamos: piauiense não é a primeira mulher negra diplomata do Itamaraty
Por Marta Szpacenkopf
Uma notícia compartilhada por várias páginas nas redes sociais gerou confusão ao afirmar que a piauiense Luana Alessandra Roeder seria a primeira mulher negra diplomata do Itamaraty. Uma das postagens sobre o assunto já teve 83 mil compartilhamentos no Facebook.
Luana Roeder assumiu o cargo no dia 15 de janeiro deste ano junto com o resto do grupo aprovado no "Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de 2017", realizado pelo Ministério das Relações Exteriores. Na ocasião, a pasta afirmou que esses aprovados representavam todas as regiões do país e este era um recorde no percentual de mulheres aprovadas, mas será que a candidata é mesmo a primeira mulher negra a tomar posse no Itamaraty?
Procurado, o Itamaraty negou que Luana seja a primeira mulher negra diplomata. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, há inclusive embaixadoras negras no quadro diplomático. Na foto da posse dos candidatos aprovados no mesmo concurso de Admissão à Carreira de Diplomata que Luana, compartilhada pelo Itamaraty no Twitter, é possível ver outra mulher negra participando da cerimônia.
O Itamaraty informou que não há uma estatística de quantos negros trabalham na pasta porque não há um formulário perguntando sobre a cor da pele dos funcionários, mas os concursos para diplomatas realizados pelo órgão têm cotas para negros desde 2011.
Desde 2002, o Itamaraty também oferece um sistema de bolsas para negros. O candidato recebe uma bolsa de estudos para se preparar para as provas e depois presta o concurso em igualdade de condições.
Em 2011, O GLOBO noticiou a morte da diplomata Milena Oliveira de Medeiros por malária na Guiné Equatorial, durante viagem a trabalho.
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