No princípio dos anos 90, não sei por quê razão, Sarajane, cantora imortal de “Abre a rodinha” recebeu do IPAC, então sob o paternal manto do governador ACM, um belo casarão na Rua Direita de Santo Antônio.
A intenção, salvo erro meu, era de abrigar um estúdio de gravação.
Na época, ficando preocupado com o boato de usar o quintal com “café-teatro” ousei protestar contra a evidente consequência de barulheira de parte desta eminente intérprete. O IPAC assegurou-me que esta não era, de jeito algum, a intenção da cantora.
Um belo dia apareceu uma fachada a placa “Acasa”, destinado não mais a gravar sucessos imortais, mas uma comovente e generosa ONG. O Google informa que “A Associação Criança na Arte Sarajane ("Acasa") oferece cursos em diversas áreas (...)”.
Como vizinho quase colado, tenho observado um impressionante leque de mudanças de propostas, o que sempre muito me alegrou, já que sempre torci por um bairro dinâmico e inserido nas problemáticas socioculturais.
Acontece que, ultimamente, o espaço é ocupado pelo restaurante “Zanzibar” o que me parece fugir totalmente a proposta de amparar criancinhas necessitadas. Mas quem sou eu para me preocupar com mudanças de proposta desde que o IPAC concorde com os destinos de um imóvel que lhe pertence?
O que não posso concordar, é ter meu sossego perturbado cada vez que o tal restaurante resolve transformar o quintal em barulhento “Café-Concerto” até muito depois do horário estabelecido há mais de vinte anos pela prefeitura.
Sem nunca pedir licença ou simplesmente informar a vizinhança – edifícios de moradores e até importante pousada – que terão que aguentar rock, sambão e até uma senhorita que desafina desesperadamente horas seguidas, acompanhada por um violonista que não consegue executar dois acordos sem erro.
Assim que me vejo obrigado a ficar sentado frente ao meu computador muito além de minha hora de dormir para redigir este desabafo.
Não seria o caso do IPAC rever seu acordo com a dona desta curiosa associação de criança na arte?
Mas como esta instituição é acometida por um longo e pesado sono, chego a conclusão que quem vai ficar por muito tempo sem sono sou eu.
Ministério Público neles!
ResponderExcluirCostuma não adiantar - porque o MP está cada vez mais parecido com o STF e com o judiciário como um todo - se você não tiver advogado poderoso ou se não estiver no rol dos "famosos".
Mas pelo menos fará o vizinho perder um bom tempo em dar explicações e, quiçá, gastar uma graninha com algum causídico.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirEsse bar não pertence a ONG Acasa . As pessoas deviam apurar de quem é a responsabilidade desse bar está funcionando , já que ali naquele mesmo espaço existe aulas de balé infantil
ResponderExcluirEsse bar não çertence a Sarajane... O IPAC alugou para o restaurante e por causa dele querem acabar com a ONG. Lamentável pois crianças usufruem das aulas de balé, que para muitas seria um sonho impossível de realizar sem a ONG.
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