quinta-feira, 18 de julho de 2019

O CRISTO DA CORRUPÇÃO

Peru não sabe o que fazer com “Cristo da Corrupção” dado pela Odebrecht

Presente de Marcelo Odebrecht para Alan García, o monumento que era pra ser o "Cristo do Pacífico" agora é associado a roubo de dinheiro público

Um enorme monumento que representa o Cristo Redentor carioca se transformou no pomo da discórdia no Peru, onde milhares de cidadãos exigem que seja retirado por se tratar de “um símbolo da corrupção”.
O Cristo do Pacífico foi inaugurado em 29 de junho de 2011 na colina de Chorrillos, na costa sul de Lima, pelo então presidente Alan García, e foi financiado pela construtora brasileira Odebrecht, ambos protagonistas de um megaescândalo de corrupção que atinge outros ex-chefes de Estado peruanos.
Há algumas semanas, uma ONG iniciou uma campanha para que o monumento seja retirado do país.
“Pedimos a retirada do monumento Cristo do Pacífico, conhecido como ‘Cristo do Roubo, ou Cristo da Odebrecht’, porque é um símbolo da corrupção, que foi doado por Marcelo Odebrecht a Alan García”, afirma à AFP Cristhian Rojas, líder do movimento “É o Momento”.
Desde que a Odebrecht se tornou sinônimo de corrupção no Peru, o monumento é uma pedra no sapato do governo.
A empresa brasileira admitiu que pagou para subornar milionários e, com isso, vencer licitações de obras públicas em vários governos, incluindo o segundo de García (2006-2011).
De acrílico e concreto, o monumento de 37 metros de altura custou 800.000 dólares. Foi financiado principalmente pela Odebrecht. García contribuiu com 30.000 dólares.
ALAN GARCIA Em 17 de abril de 2019 cometeu suicídio, disparando contra a própria cabeça, ao saber que seria preso preventivamente por envolvimento em corrupção no caso Odebrecht. Há indícios de sua participação em atos ilícitos na referida investigação, conduzida pelo braço peruano da força-tarefa Lava a Jato. García acabou falecendo no hospital horas depois.

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