As declarações polémicas de um padre ortodoxo numa escola primária no Chipre estão a provocar indignação no seio da comunidade LGBT+.
O bispo cipriota Neophytos Masouras, que falava para uma plateia numa escola primária na vila de Akaki, na capital do país, Nicósia, considerou que os homossexuais existem porque as suas mães, quando estavam grávidas, "fizeram e gostaram de sexo anal".
O clérigo defendeu que a orientação sexual é passada ao feto no momento em que a mãe começa a apreciar a relação sexual, pelo que, na sua lógica, se uma mulher grávida fizer e "apreciar sexo anal" - ou "não natural", como também descreve - o filho nascerá homossexual. Quando há uma apreciação dessa prática sexual, "é criado um desejo, que é transmitido ao feto", acrescentou.
De acordo com o jornal local "Chipre Mail", o padre ortodoxo afirmou ainda que a homossexualidade é "um problema, normalmente passado de pais para filhos".
As declarações incendiárias remontam ao mês passado mas estão a ser agora noticiadas na imprensa grega depois de, na terça-feira, o grupo ACCEPT, defensor dos direitos da comunidade LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trangéneros e mais), ter denunciado o episódio. Imagens da palestra foram divulgadas nas redes sociais onde vários internautas, de forma irónica, se manifestaram gratos pela explicação para a sua orientação sexual. E ainda lançaram as perguntas que faltavam: "Como é que são feitas as lésbicas?" e "Então, se uma mulher fizer sexo oral, a criança será dentista?".
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