sexta-feira, 18 de março de 2022

MINHA CASA, MINHA VIDA

Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) foi um programa de habitação federal do Brasil criado em março de 2009 pelo Governo Lula. 

O PMCMV subsidia a aquisição da casa ou apartamento próprio para famílias com renda até 1,8 mil reais e facilita as condições de acesso ao imóvel para famílias com renda até de 9 mil.

 Em 2018, a Caixa Econômica Federal informou que 14,7 milhões de pessoas compraram um imóvel com o programa (7% da população brasileira). 

No dia 12 de janeiro de 2021, entrou em vigência a Lei n.° 14.118, a qual instituiu o Programa Casa Verde e Amarela, cujo objetivo é reformular e ampliar o PMCMV.





A filosofia deste programa é altamente louvável.

Mas quando assisti ao filme "Central do Brasil" ficou para mim evidente a desumanidade das realizações.



A pergunta: "Você moraria em algumas desta casas?" talvez alguém responda: "Eu, sim. Não vejo nada degradante em morar nestas casinhas bonitinhas".
Bem.. Quando novinhas, podem parecer aceitáveis. Mas coloquem dois ou três anos de sol, chuvas e ventos. A tinta já se foi. Vidros foram quebrados e a grana para substituir está curta.
O terreno baldio, cheio de lixo e entulho nunca recolhido pelo município, continua agindo como um microclima, um micro-ondas.



A maioria dos projetos são verdadeiros campos de concentração. A curva é a grande ausente. São meros blocos anônimos, desprovidos de identidade, de vida.




Podem apostar que nos apartamentos, a vida em comunidade, com barulho, lixo, espaços comuns mal cuidados... irá em breve gerar polémicas, brigas e violência.


Como pode uma criança evoluir  harmonicamente neste ambiente desprovido de árvores, de áreas de lazer e de referências culturais?



Com o passar do tempo, estas paisagens urbanas, concebidas sem a mínima vontade estética só poderão geral frustração, angústia e medo.



A beleza não é simplesmente uma questão econômica. É uma questão de  respeito ao ser humano.

"Não é porque você tem recursos limitados que deve aceitar a mediocridade" 


Francis Kéré, vencedor do Prêmio Pritzker 2022









 

Nenhum comentário:

Postar um comentário