domingo, 20 de março de 2022

AGONIA EM STELLA MARIS

 Clarice Bagrichevsky


 
Quando a gente pensa que a obstinada afronta à inteligência das pessoas deu uma trégua, lá vem a prefeitura e a sua vontade incontida de destruir o meio ambiente da cidade, agravar mais ainda os problemas do clima e desavergonhadamente expor sua incompetência até para consultar um biólogo, recém formado que seja.

Falsear sobre seus atos já se tornou uma espécie de endemia moral generalizada nas Secretarias. Como no caso da orla “requalificada” de Stella Maris ao não se recompor, por compensação, a vegetação da restinga que foi devastada profundamente até seu substrato: estão plantando árvores exóticas de grande porte que além de tudo têm enraizamento invasivo e certamente irão comprometer o sistema de drenagem implantado ao longo da borda marinha.

O projeto de paisagismo que havia sido vencido em licitação, anos atrás, pela Parnaso “desapareceu”. Acabou ficando, segundo consta, sob a responsabilidade da SECIS, inventada por decreto em 2012 e que jamais teve capacidade para entender o que significa Cidade Sustentável.

Nem coqueiros soube plantar quando jogou no lixo $500 mil do dinheiro público em 2015. Mil mudas, mil mortes. Agora a SECIS planta AMENDOEIRAS(!!), espécie que até já havia sido reprovada por um servidor do município que se auto proclama expert em meio ambiente.

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO. É aquilo que um amigo meu chama de paisagismo play-ground. Gente que se mete a interferir na natureza e vandaliza sem noção nem remorso.

Um comentário:

  1. Obrigada pela divulgação, Dimitri.
    O Santo Antônio e nós somos vítimas da mesma engenharia incompetente da PJ, contratada respectivamente pela CONDER e pela prefeitura para acabar com o patrimônio histórico e com o meio ambiente.
    Agora estão partindo para a "urbanização evangélica" do Abaeté.
    Cada vez mais parece que os nomes que constam no CNPJ dessa construtora são de laranjas. Os verdadeiros donos devem estar nos laços familiares de políticos.

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