O assassinato de Celso Daniel é provavelmente um crime político sem precedentes na história do Brasil.
Para não permitir que o crime fosse desvendado, sete pessoas foram assassinadas, ou, pelo menos, tiveram mortes extremamente suspeitas.
Todavia, catorze anos após o crime e depois de novas revelações da Operação Lava Jato, a Justiça de São Paulo vai retomar o julgamento do acusado de mandar sequestrar e matar o ex-prefeito.
No dia 17 de outubro, a primeira audiência de instrução, debate e julgamento do empresário Sergio Gomes da Silva, o “Sombra”.
Sombra está em liberdade e faz tratamento de um câncer.
As testemunhas de acusação são: o irmão da vítima João Francisco Daniel; os delegados Romeu Tuma Júnior, José Mazzi e Armando de Oliveira da Costa Filho; os advogados Luiz Eduardo Greenhalgh (ex-deputado do PT) e Adão Nery; policiais e peritos como Valdir Florenzo e João Bosco Ferreira Godinho; criminosos da época como Ailton Alves Feitosa, André Bezerra Leite de Lima, o Teco, e Cleilson Gomes de Souza, o Bola; familiares de Dionísio e pessoas ligadas à quadrilha como Regina Aquino Soares, Lidiane Aquino Soares, Gildete Souza de Aquino e Karina Araújo de Oliveira; testemunhas oculares como Tania Silva de Abreu Tanaka e Adilson Aparecido Morgado, além de Carlos Eduardo Seignemartin Trigo, Walmir da Conceição Miranda, Rosemery Pires Carvalho.
Os seis outros réus já condenados pelo sequestro e assassinato do ex-prefeito petista, vão depor como informantes.
A gravação de uma conversa entre Gilberto Carvalho, chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República no governo do ex-presidente Lula e 'Sombra', que acompanhava Celso Daniel no momento do suposto 'sequestro', que resultou no homicídio, demonstra clara intenção de dificultar a investigação, não permitindo a elucidação do crime. Veja o vídeo.
Amanda Acosta
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