O SILÊNCIO É A MELHOR FORMA DE DIZER: ”EU DESISTI DE VOCÊ!”
Eu me importei demais, talvez você nem imagine o quanto eu fui louca por você. Eu fiquei cega, fui inconsciente e imprudente com as minhas atitudes. Abri mão de muita coisa, estendi os meus dois braços e servi como apoio, quando a sua estrutura estava frágil. Me prejudiquei, mas nunca cheguei atrasada.
Sempre estive adiantada, com surpresas, um colo quente, um carinho antes de dormir e, principalmente, com a minha indescritível ânsia em acertar, e te oferecer tudo aquilo que eu julguei que você merecesse ter e sentir.
Acho que eu fui demais, para alguém de menos. Atropelei as nossas diferenças, que cedo ou tarde, eu sabia que iriam me dar um tapa na cara.
Dito e feito, eu apanhei e acordei para a vida…
Quando os relacionamentos começam, temos o defeito de acreditar que estamos vivendo um conto de fadas. Nos iludimos com cada besteira, que parece ser impossível acontecer. Fazemos planos com alguém que nem conhecemos. Por vezes, esse desespero pode ser justificado por carência, ou medo de viver sozinha. Mas a realidade, se tratando de razão e emoção, é que somos ignorantes demais por depositar a nossa própria felicidade em um caso, do mero acaso, que nos encantou por um beijo, um abraço, um gesto ou qualquer detalhe fascinante, ao nosso ver. Somos apegados a comparações e, desse jeito, qualquer mínimo se torna máximo. Depositamos confiança e expectativas em alguém, praticamente, desconhecido. Apostamos em algo que, aceitando ou não, o coração já previu o final.
Ao longo desse tempo, eu tentei te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Eu te ofereci o que estava ao meu alcance e, mesmo quando não estava, eu dei um jeito. Você sabe, como ninguém, o quanto eu sou leal à pessoa que caminha ao meu lado. Eu brigo, sim. Tomo as dores, defendo, me orgulho, torço junto e coloco o céu como limite. Levo às estrelas, à cada pôr do sol. Eu sou tudo o que você nunca teve, ou que nunca conheceu. Você me chamava, eu corria ao seu encontro. Estalava os dedos, eu aparecia em baixo do seu nariz. Não, isso ao meu ver não é ser trouxa. É amor. Você já gostou verdadeiramente de alguém? Ou já desejou muito que a sua relação desse certo? Pois bem, se a resposta for sim, você simplesmente faz acontecer. E acontece. De um jeito natural, intenso e gostoso.
Sabe aquela pessoa que você conheceu e se apaixonou? Não sei se você reparou, mas ela não existe mais. Ela morreu aqui dentro. Você, com todos os seus deslizes e fracassos, cometeu um suicídio. E não adianta me pedir para voltar a ser o que eu sempre fui, acabou. Não tem mais jeito. E, sabe, a cada dia, você me mostra que realmente não nascemos para somar. Você me subtraiu, e diminuiu. É triste, e bastante dolorido. Levei muito tempo para compreender e aceitar. Chorei, quieta e na minha. Discuti por intermináveis vezes, te falei o meu ponto de vista uma, duas, três vezes e além. Citei claramente o que me faltava, continuei sendo o que, muito provavelmente, depois de algum tempo você nem merecia mais. Fui mulher de te desculpar, e você covarde em repetir os erros.
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