domingo, 29 de janeiro de 2017

MAIS UMA AGRESSÃO!

Afinal trata-se de uma notícia antiga. O projeto não foi adiante. Mas é bom ficar ligado!

Veja como vai ficar o Aeroclube; apresentação será                           nesta segunda-feira

No projeto que será apresentado, a revitalização da área do Aeroclube está inserida no pacote de mudanças da orla de Salvador

Está marcada para a tarde de segunda-feira (27), no hotel Sheraton, no Campo Grande, a apresentação do projeto para o novo Aeroclube, de responsabilidade do Consórcio Parques Urbanos. Mas, para quem se acostumou a passar pela orla e ver o shopping em ruínas, o CORREIO antecipa imagens do futuro empreendimento, que vai se chamar Bosque da Orla. Também amanhã, quando serão apresentados detalhes do projeto, será firmado mais uma vez o compromisso de que o consórcio construa um parque público junto ao shopping como contrapartida social - o que está previsto desde 1996 e nunca saiu do papel. 
No projeto que será apresentado, a revitalização da área do Aeroclube está inserida no pacote de mudanças da orla de Salvador. Há, inclusive, a indicação de que o padrão arquitetônico estará em harmonia com a região.  Apesar de público, o parque terá acessos controlados por segurança. Duas entradas ficarão voltadas para a praia (uma delas próximo ao estacionamento do shopping) e uma terceira virada para a Avenida Otávio Mangabeira.
Estrutura
Na área do parque, estão previstos dois mirantes e espaços para prática de esportes como skate e vôlei de praia. Haverá ainda um playground e um espaço para descanso sob pérgolas (armações perfiladas que podem ter plantas). Uma ponte liga as áreas elevadas do terreno. O projeto de paisagismo prevê palmeiras, dendezeiros, plantas arbustivas e mandacarus. A ciclovia que hoje passa no fundo do Aeroclube será mantida, mas terá pequenas alterações no traçado e terá trechos passando por dentro do parque.
Assinado pela empresa americana Laguarda Low Architects, o projeto arquitetônico tem referências estrangeiras, como a área do playground, que terá uma escorregadeira acompanhando o desnível do terreno, inspirado no Teardrop Park, em Nova York. Há também uma escultura de duna inspirada num parque dinamarquês. A Laguarda é responsável por projetos como de um shopping próximo à zona portuária de Tóquio, no Japão, com imagens que lembram o conceito visto na apresentação do Bosque da Orla, e de um centro de compras modernista em Budapeste, na Hungria. Uma empresa baiana, a Caramelo Arquitetos Associados, desenvolve o projeto. 

Com 240 mil m², área do Parque Atlântico ficará dividida entre o Shopping Bosque da Orla e uma área pública de lazer
Em Salvador, a Caramelo assina, por exemplo, o projeto de modernização do Shopping Barra e do Hangar Business Park, recém-inaugurado na Avenida Paralela. Shopping Ao lado do parque, será construído um shopping fechado e climatizado, 55 metros mais curto que o atual.  A ideia é que o estabelecimento fique mais próximo ao mar e permita uma melhor vista de quem passa pela Avenida Otávio Mangabeira. No entanto, a promotora de Habitação e Urbanismo do Ministério Público Estadual (MP), Hortênsia Pinho, entende que há excesso na área ocupada pelo shopping, cerca de 47% do total, segundo ela. A Lei 7.014/2006 indica que a área construída do empreendimento, hoje, corresponde a 14% do total da área do Parque Atlântico – 240 mil m². 
A mesma lei prevê que o novo empreendimento, considerando os estacionamentos e áreas de circulação, não poderia ultrapassar 88 mil m² (cerca de 36% do total). De acordo com o MP, se esses limites não forem respeitados, o caso irá novamente parar na Justiça.  Na apresentação, está indicado que o shopping terá cinemas e “um mix com lojas de alta qualidade”. Há imagens ilustrativas de lojas de grifes como Prada, Louis Vuitton e MaxMara, que não possuem pontos de venda exclusivos em Salvador. A assessoria do consórcio não confirma a presença dessas marcas. 

Com cobertura translúcida, o centro de compras terá lojas e cinemas, além de restaurantes com vista para o mar no andar superior
As lojas serão distribuídas em dois pavimentos, sendo que no 2º piso haverá uma área de restaurantes com vista para o mar. A indicação de que só em uma segunda etapa haverá estacionamentos cobertos revela que a obra não será entregue de uma só vez. Como o CORREIO já havia publicado na quinta-feira, o orçamento de todo o projeto, com parque e shopping, é de R$ 225 milhões. Serão 2 mil empregos diretos gerados na construção e cerca de 3 mil quando o shopping estiver  funcionando. A promessa é de que as vagas sejam prioritariamente ocupadas por moradores da região.  
De acordo com a prefeitura, as obras começam no próximo semestre, com prazo máximo de 24 meses para conclusão. O município, porém, quer que o parque fique pronto antes, junto com as outras contrapartidas do consórcio: construção de duas passarelas de pedestre, custeio de 21 pontos de ônibus na cidade e abertura de uma via de baixa velocidade atrás do Aeroclube. Todas as contrapartidas também estão previstas na Lei Municipal 7.014/2006.

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