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Nova multa por perturbação do sossego pode variar entre R$ 500 e R$ 5 mil no Rio
A perturbação do sossego é hoje uma das principais reclamações registradas pelo telefone 190 da Polícia Militar. Esse tipo de ocorrência corresponde a 13% das 20 mil queixas diárias recebidas pelos atendentes, segundo dados da Secretaria estadual de Segurança Pública. Em muitos casos, os policiais se deslocam até o local de onde partiu a queixa para tentar apaziguar o desentendimento entre vizinhos, mas não têm poder de multar. A atribuição é da prefeitura, hoje a cargo da Secretaria municipal de Conservação e Meio Ambiente (Seconserma). Pelo Decreto 43.372, essa função passará em breve à Guarda Municipal. A punição também vai ficar mais salgada.
A multa aplicada vai variar de R$ 500 (para pessoas físicas) a R$ 5 mil (no caso de empresas, ou seja, bares, restaurantes etc.). Poderá até ser dobrada em caso de reincidência. Hoje, a penalidade vai de R$ 350 a R$ 3.500. A Guarda informou, na semana passada, que “no momento o projeto está em fase de capacitação e planejamento”.
No começo de setembro, no entanto, quando se iniciou a capacitação da primeira turma de 40 agentes que assumirão a nova missão, a Guarda havia informado que tinha 90 dias de prazo para se preparar para a nova atribuição. Informou ainda, naquela ocasião, que os passos seguintes seriam a aquisição dos decibilímetros (equipamentos que medem a pressão sonora e que serão utilizados pelos guardas) e a reativação do telefone 153 (antigo Disque-Guarda), que funcionará no Centro de Operações Rio, para receber as denúncias.
Além da multa, os estabelecimentos comerciais estarão sujeitos à interdição e à cassação dos alvarás pela Coordenadoria de Fiscalização e Licenciamento, da Secretaria municipal de Fazenda.
Briga pode ir à Justiça
Em bairros boêmios como Vila Isabel, na Zona Norte, não faltam queixas de moradores sobre a perturbação do silêncio. O autônomo Dorgival Brás da Silva, de 64 anos, nunca precisou recorrer à polícia ou ao 1746, mas nem por isso deixou de reclamar.
— O bairro é barulhento. A Lei do Silêncio precisa ser respeitada pelo bem da convivência — defendeu o morador, há três décadas no bairro de Noel.
Há casos em que nem a multa resolve. A pertubação do sossego levou à Justiça os donos do antigo bar que funcionava onde hoje há uma casa de festas no Boulevard 28 de Setembro. Angélica Moraes , sócia do novo estabelecimento, que funciona no endereço há cerca de quatro anos, garante que respeita a Lei do Silêncio.
— Só fazemos festas infantis, e que nunca passam das 23h — afirmou.
Os proprietários anteriores não foram localizados.
Decreto libera PM
Autorização - Não estão previstas as fiscalizações de livre exercício de manifestação pública e de ruídos produzidos por cultos, uso de carros de som ou trios elétricos em eventos autorizados previamente pela prefeitura e demais casos previstos na legislação de proteção ao silêncio no município do Rio.
Licença - A Secretaria municipal de Conservação e Meio Ambiente (Seconserma) continuará responsável pela fiscalização de atividades que exijam a apresentação de licença ambiental e de instalações que requeiram licenciamento concedido pela Gerência de Engenharia Mecânica da Rioluz.
Liberação - Com a mudança na atribuição de fiscalizar a perturbação do sossego, a proposta do Decreto 43.372 é liberar a polícia para atuar somente no combate à violência urbana e na repressão à criminalidade.
Legislação - Segundo a Prefeitura do Rio, a atividade de fiscalização a ser exercida pela Guarda Municipal está amparada pela Lei 6.179, de 22 de maio de 2017, que dispõe de medidas para o combate eficaz à poluição sonora prejudicial ao meio ambiente, à saúde, à segurança e ao sossego público no município. O texto é de autoria do vereador Alexandre Arraes. A matéria foi aprovada pela Câmara Municipal.
As festas realizadas em ambientes públicos tem se popularizado e em vários bairros da capital baiana. É o retrato da juventude sem eira e nem beira, sem perspectivas, que não têm noção de onde termina e começa o seu direito, como cidadãos que deveriam ser. Consequência da falta de educação familiar, da falta de escolarização em nosso país. Dos psicólogos dizendo que tudo deve ser permitido para que não se tornem adultos reprimidos pelo autoritarismo. Sociedade burra que destrói a disciplina que deve ser inerente a qualquer educação oferecida a crianças, adolescentes e jovens, sociedade burra que vem destruindo qualquer possibilidade de um Brasil melhor.
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