Bolsonaro corta verba de programa de combate ao câncer
De acordo com o site do jornal Estado de São Paulo, verba foi reduzida em 45%, passando de R$ 175 milhões para R$ 97 milhões, em 2023
O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um corte de despesas para acomodar os R$ 19,4 bilhões reservados ao orçamento secreto e acabou atingindo os recursos destinados a investimentos para prevenção e controle do câncer.
É o que aponta o site Estadão, do jornal Estado de São Paulo, nesta sexta-feira (23/9).
O câncer é a segunda doença que mais mata no
Brasil.
De acordo com o jornal, a verba foi reduzida em 45%, passando de R$ 175 milhões para R$ 97 milhões, em 2023.
Os recursos fazem parte de um dos programas considerados como “estratégicos” pelo Ministério da Saúde, a Rede de Atenção à Pessoa com Doenças Crônicas – Oncologia.
Segundo a reportagem, anualmente, a própria pasta costuma recorrer a deputados e senadores para turbinar as verbas do programa, agora à míngua, por meio das emendas parlamentares individuais ou de bancada. A verba pode bancar a construção, ampliação, reforma e aquisição de equipamentos e materiais permanentes.
Ainda segundo o jornal, o governo reservou para este ano R$ 520 milhões para todas as ações, que foram reforçadas por emendas e chegaram a R$ 1,9 bilhão. Em 2023, o governo reservou apenas R$ 202 milhões, somados todos os planos de aplicação, uma queda de R$ 318 milhões.
Além do controle
do câncer, de acordo com o Estadão, o governo Bolsonaro reduziu a reserva de
dinheiro público para incrementar a estrutura de hospitais e ambulatórios
especializados que fazem parte de redes focadas em outros três grupos: a
gestantes e bebês, a Rede Cegonha; a dependentes de drogas e portadores de
transtornos mentais, Rede de Atenção Psicossocial – Raps; e a Rede de Cuidados
a Pessoas com Deficiência, voltado para reabilitação. As três são consideradas
“estratégicas”.
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