quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

RICARDO O CHANTAGISTA

Tática de Ricardo Salles na Cúpula do Clima é vista como chantagem



Na COP 25, em Madri, ministro “constrange os diplomatas profissionais de seu país tentando bancar o negociador”, diz a Climate Action Network.

MAURÍCIO TUFFANI,
Editor
Terça-feira, 3 de dezembro de 2019, 12h55.

Em 20 de novembro, dois dias após a divulgação do aumento catastrófico do desmatamento na Amazônia em grande parte no primeiro ano da gestão do presidente Jair Bolsonaro, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciou em entrevista coletiva duas táticas para enfrentar a devastação. Uma delas é um tal de “ambientalismo de resultados”. A outra é ir à 25ª Conferência das Partes da Convencão do Clima das Nações Unidas (COP 25), para cobrar dos países ricos recursos “compatíveis com o desafio de preservação da Amazônia” e “que foram prometidos e até agora não recebemos”.
Como se previa, essa ideia de cobrança já começou a ter uma péssima repercussão. 
A começar pelo fato de que em vez de iniciar sua participação na segunda semana do evento, quando devem começar as negociações entre ministros, Salles já está em Madri, fazendo contatos com representantes estrangeiros já na primeira semana, constrangendo os próprios diplomatas brasileiros nesta fase preparatória.
Além disso, como bem explicou a jornalista Daniela Chiaretti, “a CoP 25 não é uma reunião de credores. Os negociadores têm uma agenda previamente negociada. Há regras, não é a festa do caqui.” (“Constrangimentos e quimeras na CoP 25”Valor Econômico)

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